Leilão do Campo de Libra ocorrerá mesmo com um participante, diz Lobão
Das 23 ações judiciais contrárias, sete foram derrubadas pela Advocacia-Geral da União
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Segundo Lobão, nove grupos já depositaram a garantia para participar do leilão. “Como [o valor depositado] não é pequeno, supõem-se que eles estejam interessados. O importante é que haja participantes, seja um ou mais.”
Este será o primeiro leilão a ser feito no modelo de partilha, que terá a Petrobras como única operadora e com a participação mínima de 30% do consórcio vencedor. “Não estamos privatizando o petróleo do pré-sal, mas nos apropriando dele, porque debaixo do mar, deitado em berço esplêndido, essa riqueza de nada nos servirá", disse Lobão.
“Só em Libra, algo em torno de R$ 270 bilhões serão destinados às áreas de saúde e educação. Ao longo da exploração, que deve durar 35 anos, R$ 370 bilhões virão com a apropriação do petróleo [pela União]”, acrescentou.
Em 2013, o Brasil deverá produzir 2,1 bilhões de barris de petróleo por dia, segundo estimativa apresentada pelo ministro. A expectativa é que no período de pico de produção do Campo de Libra (cerca de 15 anos após o início das operações) a produção diária seja 1,4 bilhão de barris por dia.
O leilão do Campo de Libra – principal reserva de petróleo e gás já descoberta no país –, na Bacia de Santos (RJ), motivou protestos na quinta-feira em Porto Alegre. De acordo com um dos dirigentes da Central Sindical e Popular - Coordenação Nacional de Lutas (CSP-Conlutas), Érico Corrêa, o objetivo foi denunciar a “privatização do petróleo nacional”. “Nossa Central está nessa jornada de mobilizações para barrar a entrega das reservas brasileiras de pré-sal”, justificou. No mesmo dia, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que "o leilão de Libra é muito importante porque vai promover volume de investimentos de aproximadamente 180 bilhões de dólares."