Liquidações ajudam a impulsionar vendas do comércio gaúcho no início do ano
Ganha força a prática de promoções em janeiro e fevereiro. Período garante 18% do volume vendido no ano frente a 14% antes apurados
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A prática de liquidações nos primeiros meses do ano tem proporcionado um incremento na participação de janeiro e fevereiro nas vendas totais do ano, tradicionalmente os meses de menor movimento nas lojas. Até 2013, os dois meses representavam cerca de 14% do volume comercializado pelo varejo no Rio Grande do Sul. Em 2023 este o índice subiu para quase 18%. A estimativa para este início de 2024 é que o patamar se mantenha.
“Costumeiramente os meses de janeiro e fevereiro apresentam vendas mais tímidas, tendo em vista que boa parte da renda disponível das famílias é direcionada para outros compromissos financeiros típicos do período”, avalia o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL-RS), Vitor Augusto Koch, citando como exemplos o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e o Imposto de Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), além de despesas escolares e férias. “Assim, com promoções atrativas os lojistas renovam o interesse das pessoas em fazer compras”, conclui o dirigente.
Vitor Koch também assinalou que existem fatores contribuindo para os consumidores aproveitarem as promoções do início do ano, como o aumento da empregabilidade, a desaceleração dos índices de inflação e a redução da taxa de juros Selic, o que faz com que seja possível viabilizar um crediário mais acessível para as compras. O executivo enfatizou ainda que na primeira semana de janeiro “já era possível observar muitas lojas realizando promoções para os clientes”, consideradas por ele como “atrativas” e “com descontos expressivos e prazos ampliados de pagamento”.
Nos primeiros dias de janeiro lojistas em todo o país adotam a estratégia de fazer a liquidação dos estoques de produtos remanescentes do final do ano anterior, e planejando igualmente gerar vendas mais consistentes em um período que se caracteriza por diminuição do consumo, especialmente nas cidades onde as férias reduzem o número de clientes procurando os estabelecimentos comerciais.