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Lula reclama de juros do empréstimo consignado e quer explicações de Haddad e bancos

Presidente diz que modalidade evita ocorrência de calotes e critica que trabalhadores paguem mais juros que empresários

Lula, presidente da República | Foto: Ricardo Stuckert / PR / CP

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez críticas nesta terça-feira (27) à taxa de juros do crédito consignado, modalidade em que o trabalhador ou aposentado e pensionista do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) contrata um empréstimo e as parcelas são descontadas direto na folha de pagamento ou do benefício pago pela previdência. Ele prometeu cobrar explicações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e de presidentes de bancos. 

Em março deste ano, o Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) reduziu os juros de empréstimos consignados para beneficiários do INSS de 2,14% para 1,97%. O presidente reclamou, no entanto, que a taxa acaba sendo maior ao longo do pagamento das parcelas do empréstimo.

“O juro consignado, que é dado para a pessoa que tem emprego garantido e que é descontado no salário, portanto não tem como perder, é 1,97%. Mas 1,97% vezes 1,97%, ou seja, juros sobre juros, dá quase 30% ao mês”, comentou o presidente durante live nas redes sociais.

 

 

Lula disse estar “indignado” com a situação. Ele comparou o caso do crédito consignado com o empréstimo que vai ser oferecido pelo governo federal a agricultores pelo Plano Safra, o financiamento da agricultura e da pecuária empresarial no país. A iniciativa será anunciada nesta terça (27), com recursos de R$ 364,22 bilhões. As taxas de juros para custeio e comercialização variam de 8% a 12% ao ano e para investimentos, de 7% e 12,5% ao ano.

“O Plano Safra será R$ 364 bilhões de reais a uma média de 10% de juro ao ano, que é caro, muito caro. Esse juro poderia ser mais barato. Mas minha pergunta é o seguinte. Como o cara que ganha R$ 2 mil por mês, que pega R$ 1 mil no crédito consignado, vai pagar 30% ao mês, e eu estou emprestando dinheiro para os grandes a 10% ao mês? O deles também é caro, mas esse aqui [consignado] é triplamente caro”, pontuou.

“Vou conversar com o Haddad e com os presidentes dos bancos para saber como a gente está lesando o povo pobre nisso. Está dando como garantia a folha de pagamento, e a gente ainda paga mais caro que paga o empresário pelo empréstimo”, completou o presidente.

R7