Mais da metade dos bares e restaurantes gaúchos espera ter faturamento maior no fim do ano
Período de confraternizações é um dos mais rentáveis para o setor de alimentação
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Com a expectativa de fechar melhor que em 2022, o setor de Alimentação Fora do Lar foca no último mês para alavancar as vendas. A pesquisa da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) aponta que 51% dos estabelecimentos gaúchos acreditam que terão faturamento maior no fim do ano. Para os bares e restaurantes, dezembro é o mês que concentra movimento maior devido às festas de encerramento do ano de empresas, confraternizações entre amigos e outros eventos que levam mais público aos locais.
"A perspectiva é de movimento forte na reta final de 2023, é a característica desta época. Com cenário mais favorável e o fim da pandemia de fato, é possível ter desempenho melhor em relação ao que foi nos anos anteriores. Em dezembro temos a chance de recuperar o ano e garantir mais tranquilidade para janeiro", destaca João Melo, presidente da Abrasel no RS.
Sobre faturamento, o levantamento aponta que 29% dos bares e restaurantes gaúchos ficaram no prejuízo em outubro. A maior fatia concentra as empresas que trabalharam em equilíbrio com 37% e outros 34% alcançaram lucro, índice que caiu 4 pontos.
"Foi um ano de recuperação, muitas empresas endividadas e sem ganhar dinheiro, vários meses foram ruins para os estabelecimentos. Ninguém sabe o que vai acontecer no governo e ficamos preocupados. Apesar das despesas e custos altos, foi o primeiro ano longe da pandemia, começamos a sentir os efeitos de sair desse buraco", expõe João Melo.
A pesquisa também abordou a questão do pagamento do 13º salário dos funcionários. A boa notícia é que a ampla maioria (82%) dos bares e restaurantes irá pagar o salário extra sem atraso, ou em duas parcelas (70%) ou em parcela única (12%). Apenas 14% terão alguma dificuldade para pagar o 13º no prazo.
O endividamento do setor segue entre as grandes preocupações. Os dados da Abrasel revelam que 44% dos estabelecimentos dizem ter dívidas em atraso. Entre eles, 77% acumulam débitos relacionados a impostos federais, 46% impostos estaduais, 25% devem a fornecedores de insumos, 23% devem o aluguel e 21% devem taxas municipais e serviços públicos.
"O endividamento é o que mais tira o sono do empresário. O índice segue alto e tende a atrapalhar no ano que vem. É um problema preocupante e que deve nos acompanhar, no mínimo, até 2025", finaliza João Melo.
Dados da pesquisa:
• 29% dos negócios trabalharam com prejuízo no mês de outubro, índice igual da pesquisa anterior. Outros 34% tiveram lucro e 37% ficaram em equilíbrio.
• 51% esperam ter aumento de faturamento em dezembro, na comparação com o desempenho de outubro.
• Para 40%, o faturamento de out/23 foi maior que o faturamento de out/22. Para 45% foi menor e 15% consideraram igual a out/22
• Para 39%, o faturamento de out/23 foi maior que o faturamento de set/23. 36% consideraram menor que set/23 e para 25% foi igual.
• 82% dos bares e restaurantes irão pagar o salário extra sem atraso, ou em duas parcelas (70%) ou em parcela única (12%). Apenas 14% terão alguma dificuldade para pagar o 13º no prazo.
• 44% dos estabelecimentos dizem ter dívidas em atraso. Dentre esses, 77% acumulam débitos relacionados a impostos federais, 46% impostos estaduais, 25% devem a fornecedores de insumos, 23% devem o aluguel e 21% devem taxas municipais e serviços públicos, 16% devem encargos trabalhistas e 8% devem fornecedores de equipamentos e serviços.