Manutenção da taxa de juros ainda é incerta e divide analistas; reunião do Copom começa nesta terça

Manutenção da taxa de juros ainda é incerta e divide analistas; reunião do Copom começa nesta terça

Recuo da inflação em julho e agosto gera expectativas de término do ciclo de altas da Selic; decisão é divulgada na quarta-feira

R7

Reunião do Comitê de Política Monetária, que define a taxa de juros, começa nesta terça

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O Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) faz sua sexta reunião do ano nesta terça e quarta-feira, para definir o destino da taxa Selic, os juros básicos da economia brasileira. As expectativas de analistas do mercado financeiro se dividem entre a manutenção da taxa em 13,75% ao ano, ou uma nova elevação, para 14% ao ano. 

A decisão do comitê será divulgada ao fim do segundo dia do encontro, quarta (21). Se for confirmada a previsão de aumento, será a 13ª alta consecutiva da Selic neste ciclo de aperto monetário, o mais longo da história do Copom.

O primeiro aumento da taxa de juros aconteceu em março de 2021, quando ela estava na mínima de 2%. De lá pra cá, ela já subiu 11,75 pontos percentuais, o que é considerado o maior choque de juros desde 1999, quando houve uma crise cambial, durante a qual o BC elevou a Selic em 20 pontos percentuais de uma vez só.

Em comunicado emitido após a última reunião, no início de agosto, o Copom informou que os riscos de que a inflação ficasse acima das expectativas em prazos mais longos fez o BC optar por não encerrar o ciclo de altas da Selic naquela ocasião. No entanto, no texto, o Copom informou que deveria reduzir o ritmo de altas, elevando a taxa em 0,25 ponto.

Em julho e em agosto foram registradas duas deflações seguidas, o que aumentou as expectativas de que o banco pudesse encerrar o ciclo de altas. Além disso, a queda dos preços da energia e dos combustíveis fez a inflação oficial ficar abaixo de 10%, no período de 12 meses terminado em agosto. 

O que é a Selic?

A Selic é a taxa básica de juros porque é a mais baixa da economia e funciona como um piso para os juros cobrados no mercado. Ela é usada nos empréstimos entre bancos e nas aplicações que as instituições financeiras fazem em títulos públicos federais.

Em resumo, a Selic é a taxa que os bancos pagam para pegar dinheiro no mercado e repassá-lo para empresas ou consumidores, em forma de empréstimos ou financiamentos. Por esse motivo, os juros que os bancos cobram dos consumidores são sempre superiores à Selic.

A taxa básica também serve como o principal instrumento do BC para manter a inflação sob controle, próxima da meta estabelecida pelo governo. Isso acontece porque os juros mais altos encarecem o crédito, reduzem a disposição para consumir e estimulam novas alternativas de investimento.

Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, o que eleva os preços dos produtos, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Ao contrário, quando os juros básicos caem, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo.


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