Ministério da Justiça abre procedimento sobre suspensão de voos da Itapemirim

Ministério da Justiça abre procedimento sobre suspensão de voos da Itapemirim

Empresa terá 20 dias para apresentar sua defesa no processo

AE

Itapemirim terá 20 dias para se explicar ao Ministério da Justiça

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O Ministério da Justiça e Segurança Pública abriu ontem processo administrativo contra a companhia aérea ITA, do Grupo Itapemirim, em razão da suspensão abrupta de voos que deixou mais de 45 mil passageiros sem atendimento neste fim de ano.

A ITA terá 20 dias para apresentar sua defesa no âmbito do processo. Após a finalização do procedimento, a Secretaria Nacional do Consumidor pode aplicar multa de até 11 milhões à companhia, além determinar outras medidas cautelares de atendimento aos consumidores desassistidos pela empresa.

Ao defender a abertura do processo administrativo, a Coordenação-Geral de Consultoria Técnica e Sanções Administrativas da Senacon apontou indícios de infração de seis artigos do Código de Defesa do Consumidor no caso da ITA.

"Não só incide a responsabilidade objetiva pelo integral da empresa aérea em seus negócios e a respectiva álea, patente é o não cumprimento do que foi ofertado e adquirido numa situação delicada de pandemia e ainda, em plenas festas de final de ano. Além disso danos gerados, soma-se a tal fato uma grande frustração na expectativa de consumo", registra trecho do documento.

Em um primeiro momento, a Senacon notificou a Itapemirim Transportes Aéreos a prestar esclarecimentos sobre a paralisação de suas atividades. O Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor questionou a empresa sobre a acomodação de passageiros em outros voos e assistência a consumidores estavam em aeroportos aguardando os voos da companhia.

O DPDC chegou ainda a exigir um plano de atendimento para os passageiros que foram lesados e questionou a razão da paralisação de todos os sistemas de atendimento ao consumidor.

A empresa respondeu os questionamentos da Senacon, mas as informações foram consideradas 'insatisfatórias'. Assim a investigação preliminar sobre o caso foi convertida em processo administrativo.

A Senacon diz acompanhar diariamente desdobramentos do caso junto a Procons dos Estados, além da suspensão pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) da autorização da ITA para operar.

Ao Estadão, o presidente da empresa, Sidnei Piva, afirmou que a empresa não está em estado falimentar e que fez contatos com fundos de investimento interessados em fazer aportes no negócio.


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