OMS: Sem distribuição igualitária de vacina, recuperação econômica será lenta

OMS: Sem distribuição igualitária de vacina, recuperação econômica será lenta

Tedros Adhanom alerta que “pandemia não vai acabar em lugar algum se ela não terminar no mundo todo”

AE

Diretor da OMS salienta importância de vacinação ser difundida rapidamente

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O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, afirmou nesta sexta-feira que uma das consequências graves da distribuição desigual de vacinas para a Covid-19, com doses concentradas em países desenvolvidos, seria uma recuperação econômica lenta, à medida em que a crise sanitária também se estenderia.

“A pandemia não vai acabar em lugar algum se ela não terminar no mundo todo. Não podemos desperdiçar a oportunidade de acabá-la por meio das vacinas”, afirmou Tedros, durante coletiva de imprensa da OMS nesta sexta-feira.

O dirigente da instituição também defendeu que governos distribuam corretamente as doses disponíveis enquanto os imunizantes forem “recursos limitados”, priorizando os agentes de saúde que trabalham na linha de frente do combate à Covid-19.

Distribuição deve ser lenta

A distribuição global de vacinas para a Covid-19 deve ocorrer de forma mais lenta do que o projetado pelas farmacêuticas que as desenvolveram, à medida que as empresas esbarram em dificuldades na produção que já afetam o nível de suprimento acordado com países e blocos, segundo afirmou o consultor sênior da OMS, Bruce Aylward. Ele disse que os acordos feitos com as companhias no âmbito da iniciativa Covax são “seguros”, e a questão recai sobre a capacidade produtiva das desenvolvedoras e fabricantes.

A cientista-chefe da OMS, Sumya Swaminathan, que também participou da coletiva, disse que a entidade deve distribuir as primeiras doses da vacina desenvolvida por Pfizer e BioNTech por meio da Covax em cerca de duas semanas. Ela também informou que a OMS espera receber as primeiras doses do imunizante da AstraZeneca em breve.

Segundo a diretora de acesso a medicamentos da entidade multilateral, Mariângela Simão, as vacinas da AstraZeneca e da Sinopharm estão em fase final de avaliação pela OMS e devem ser aprovadas para uso emergencial em pouco tempo.

Simão ainda alertou para as tentativas de empresas de iniciativas privadas ao redor do mundo de fechar acordos com as farmacêuticas para receber doses das vacinas. Segundo a diretora, este é um movimento contraproducente aos esforços de vacinação em massa que deve “parar” o mais rápido possível.


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