Para Sincodiv/Fenabrave-RS, incentivos para compras de veículos são "insuficientes"

Para Sincodiv/Fenabrave-RS, incentivos para compras de veículos são "insuficientes"

Nota da entidade expressa dúvida quanto a uma efetiva recuperação da indústria e do comércio

Correio do Povo

Entidade projeta que crédito para carros novos pode se esgotar em tempo menor que o previsto

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O Sincodiv/Fenabrave-RS divulgou nota ontem expressando sua posição sobre os descontos anunciados para venda de veículos no setor automotivo. "Entendemos como muito positivo o compromisso do governo em buscar uma solução para o difícil momento atual. Ainda mais positivo é constatarmos que entre o anúncio no dia 25 (de maio) e as medidas definidas (na segunda-feira), prevaleceu o bom senso de respeitar limites da responsabilidade fiscal, ao estabelecer teto para a renúncia tributária", detalhou a entidade, considerando também importante abranger os segmentos de caminhões e ônibus. Entretanto, a instituição observou no documento que "da forma como foram delineadas, as medidas trazem dúvidas quanto à sua eficiência para alcançar os resultados planejados". No segmento de automóveis e comerciais leves com valor até 120 mil reais, o Sincodiv/Fenabrave-RS afirma ter "expectativa tímida de resultados".

"Com o limite de crédito tributário em 500 milhões, ao considerarmos o bônus de desconto entre 2 mil e 8 mil, média de 5 mil reais, a projeção seria o volume de 100 mil veículos se esgotar com este limite", assinalou a nota. "A média de vendas mensal no país é de 160 mil veículos, e em tese a medida se esgotaria num prazo de três semanas. Acreditamos como entidade representativa do setor que o volume e o prazo sejam insuficientes para provocar a recuperação da indústria, do comércio, e menos ainda, para ofertar à classe média a possibilidade de compra do veículo zero quilômetro", detalhou o documento.

"No segmento ônibus e caminhões, a vinculação de veículos com mais de 20 anos com as vendas de veículos novos representa construir uma ponte gigantesca entre realidades econômicas muito distantes em termos econômicos. O preço do caminhão atual, em função das adequações de motorização e emissões para o modelo Euro 6, possui um valor significativamente maior, o que praticamente inviabiliza essa troca", analisou a entidade. Outro ponto limitador, segundo o texto, "é a decisão de antecipar parte da reoneração dos preços do óleo diesel, fato que conflita com a busca da renovação da frota, tendo em vista que o aumento dos custos de frete e transporte reduzem a lucratividade das operações, portanto limitando o poder de compra", acrescentou o texto, assinalando ainda que "permanece a dúvida sobre como será operacionalizado o controle desse limite de R$ 500 milhões de crédito, sob risco de o concessionário conceder o desconto para o consumidor e já ter terminado o volume de crédito".


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