Petróleo sobe e alimentos caem muito acima da média, mostra IBGE

Petróleo sobe e alimentos caem muito acima da média, mostra IBGE

Índice de Preços ao Produtor estão 6,18% mais baratos na porta de fábrica

AE

Índice de Preços ao Produtor estão 6,18% mais baratos na porta de fábrica

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Os alimentos têm ajudado a diminuir o impacto do aumento dos preços dos combustíveis na inflação da indústria, segundo os dados do Índice de Preços ao Produtor (IPP) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os produtos alimentícios estão 6,18% mais baratos na porta de fábrica nos 12 meses encerrados em janeiro. Por outro lado, os derivados de petróleo e biocombustíveis estão 16,01% mais caros.

"Temos dois extremos muito grandes, petróleo subindo muito acima da média e alimentos caindo muito acima da média. São os dois setores de maior peso no IPP", frisou Alexandre Brandão, gerente do IPP na Coordenação de Indústria do IBGE. Na série histórica da taxa em 12 meses, iniciada em dezembro de 2010, a variação média dos alimentos foi de 8,11%, enquanto a taxa média para o refino de petróleo é de 5,07%.

"Os preços dos derivados de petróleo estão muito acima", ressaltou Brandão. Segundo ele, os custos mais altos da extração do petróleo e o aumento da cotação internacional estão por trás do comportamento recente do setor de refino. O IPP tem captado a nova política de preços da Petrobras, de repassar para as refinarias as variações de combustíveis no mercado internacional. Quanto aos alimentos, desde janeiro de 2017, os preços da indústria alimentícia recuaram em 10 meses. Graças à safra agrícola recorde e a manutenção do clima favorável, os preços do setor subiram em apenas três dos últimos 13 meses: maio, outubro e novembro de 2017.

"Em janeiro, os preços da carne costumam cair, depois das festas, e isso está se refletindo no IPP. Mas principalmente as chuvas de final de ano foram muito boas, o que tem continuado esse efeito sobre os alimentos. A gente não tem no IPP alimentos como verduras e frutas, mas a gente sabe que também está acontecendo, os alimentos estão com queda de preços. De maneira geral, esse clima bom está repercutindo nessa queda de preços de alimentos", apontou Brandão. Em janeiro, o IPP subiu 0,43%. O avanço do real ante o dólar ajudou a conter um aumento maior da inflação da indústria.

Segundo o IBGE, o real teve um avanço médio de 2,5% em relação à moeda americana em janeiro, a primeira apreciação da moeda brasileira desde setembro. Por outro lado, houve pressão do repasse de cotações internacionais mais elevadas sobre os bens intermediários, enquanto a matéria-prima mais cara e a melhora no ambiente da demanda abriram espaço para alta de preços de bens de consumo duráveis, citou Brandão. "Foram questões de mercado que influenciaram o resultado: os preços internacionais e a demanda", declarou o gerente do IPP.

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