Prévia da inflação acelera e registra maior nível desde junho de 2018, diz IBGE

Prévia da inflação acelera e registra maior nível desde junho de 2018, diz IBGE

IPCA-15 foi puxado pela alimentação, segundo pesquisa divulgada nesta terça

R7

Batata é um dos produtos que ficaram mais caros no mês de janeiro

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A prévia da inflação atingiu o maior nível em 30 meses, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado pelo IBGE nesta terça-feira. O indicador apresentou alta de 1,06%, novamente pressionado pelo aumento nos preços dos alimentos e bebidas. Em junho de 2018, a variação mensal chegou a 1,11%.

Com isso, o índice fechou 2020 com aumento de 4,23%, o maior acumulado do ano desde 2016 (6,58%). Em 2019, o acumulado do IPCA-15 foi de 3,91%. Vale ressaltar que o indicador de dezembro foi 0,25 ponto percentual acima da taxa de novembro (0,81%). Já o IPCA-E (acumulado trimestral do IPCA-15) dos últimos três meses de 2020 foi de 2,84%.

Pesou no bolso

Os itens que mais pesaram mais no bolso do consumidor foram as carnes (5,53%), o arroz (4,96%) e frutas (3,62%. A batata-inglesa (17,96%) e o óleo de soja (7,00%) também subiram de preço na prévia da inflação de dezembro, mas apresentaram desaceleração na comparação com novembro, quando registraram altas de 33,37% e 14,85%, respectivamente. Entre as quedas no grupo, os destaques foram o tomate (-4,68%), o alho (-2,49%) e o leite longa vida (-0,74%).

Dentre os grupos pesquisados, apenas vestuário apresentou queda em dezembro: -0,44%. Outros itens que contribuíram para a aceleração da prévia da inflação vieram do grupo Habitação, que teve a segunda maior variação (0,15%), contribuindo 0,23% no índice de dezembro. A principal influência veio da alta na energia elétrica (4,08%), puxada pela volta da bandeira vermelha. As taxas de água e esgoto (3,04%) também pesaram no bolso do consumidor.

O aumento dos preços dos itens de transportes também pesou para o brasileiro em dezembro. Os principais produtos que ficaram mais caros foram as passagens aéreas (28,31%), gasolina (2,19%) e o etanol (4,08%).

Conforme o IBGE, todas as regiões pesquisadas apresentaram alta, sendo o menor resultado registrado por Brasília (0,65%), principalmente em função da queda de 0,62% nos preços da gasolina, e o maior em Porto Alegre (1,53%), por conta das altas em energia elétrica (6,05%) e carnes (6,89%).

Sobre a pesquisa

Para o cálculo do IPCA-15, o IBGE coletou os preços dos produtos entre os dias 13 de novembro e 11 dezembro comparou com os vigentes de 14 de outubro a 12 de novembro.

O indicador considera o impacto dos preços às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.


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