O IBGE divulgou nesta quinta-feira o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) para maio, conhecido como a prévia da inflação, e Porto Alegre aparece com a terceira menor variação no mês (0,28%), menor que a taxa observada em abril (0,73%) na Capital.
No acumulado do ano, o índice na Capital acumula alta de 3,04%, e nos últimos 12 meses a elevação é de 3,66%, abaixo da média nacional de 4,07% observada no período. Em maio, somente Belém (0,22%) e Recife (0,19%) tiveram prévia da inflação menor do que Porto Alegre.
No caminho contrário, Belo Horizonte (0,90%), Goiânia (0,83%), Salvador (0,73%), Fortaleza (0,61%) e Curitiba (0,46%) foram as regiões com as maiores variações identificadas pelo IBGE. Já o índice nacional da prévia da inflação ficou em 0,51% em maio, abaixo da taxa registrada em abril (0,57%).
Sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em maio pesquisando todas as regiões. Os preços de Alimentos e bebidas foram puxados pela alta na alimentação no domicílio (1,02%), com o leite longa vida (6,03%) exercendo o maior impacto positivo no mês (0,05 p.p.), além de altas nos preços do tomate (18,82%), da batata-inglesa (6,60%) e do queijo (2,42%). No lado das quedas, os destaques foram o óleo de soja (-4,13%) e as frutas (-1,52%).
A alimentação fora do domicílio passou de 0,55% em abril para 0,73% em maio. O lanche avançou de 0,82% em abril para 1,08% em maio, enquanto a refeição (0,46%) registrou resultado inferior ao do mês anterior (0,52%). No grupo de Saúde, os produtos farmacêuticos tiveram alta de 2,68%, após autorização do reajuste de até 5,60% no preço dos medicamentos a partir de 31 de março. Os itens de higiene pessoal tiveram aceleração de 0,35% em abril para 1,38% em maio, motivados, principalmente, pelos perfumes (2,21%).
Mais sobre a pesquisa
Para o cálculo do IPCA-15, a metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica. Os preços foram coletados no período de 14 de abril a 15 de maio de 2023 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 16 de março a 13 de abril de 2023 (base).
O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia.
Correio do Povo