Privatização da Petrobras definitivamente não é solução de curto prazo, diz Pacheco

Privatização da Petrobras definitivamente não é solução de curto prazo, diz Pacheco

Presidente do Senado diz que desestatização da empresa não está na mesa de negociações

AE

publicidade

Após o novo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, ter dado o primeiro passo para iniciar estudos pela privatização da Petrobras, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), avaliou nesta quinta-feira que a desestatização da empresa não é uma solução de curto prazo para o problema da alta dos combustíveis e nem está no momento na mesa de negociações. Ele afirmou, contudo, que estudos de modelos e possibilidades para a estatal são positivos.

"A privatização da Petrobras definitivamente não é uma solução de curto prazo, assim como a reforma tributária, que é uma solução de médio e longo prazo. E não se tem nem a compreensão se a privatização é mesmo é uma solução de médio e longo prazo. Entre o estudo e a realidade para se concretizar isso há uma distância muito longa, e da qual o Congresso não se apartará. Até porque isso depende fundamentalmente do Congresso", afirmou o parlamentar.

Apesar de considerar importantes os estudos propostos por Sachsida, Pacheco avaliou que não é o momento para se debater a saída da União do controle da Petrobras. "Não considero que esteja no radar ou na mesa de negociação a privatização da empresa, porque o momento é muito ruim para isso. Temos dificuldades de valorização de ativos, estamos em um momento de necessidade de estabilidade. Medida pode ser estudada o quanto for necessário, mas não é medida rápida para ser tomada. Vai demandar muito diálogo e participação da sociedade civil, porque a Petrobras é um ativo nacional", enfatizou.

Pacheco chamou a atenção para o lucro de R$ 44,5 bilhões da Petrobras no primeiro trimestre de 2022, que classificou de "estratosférico e desproporcional" em relação a outras companhias de petróleo.

A despeito das discussões sobre a privatização da empresa, o presidente do Senado reforçou que a Petrobras precisa sentar-se à mesa de negociações com a União e os Estados para buscar uma solução para a crise dos combustíveis. "Embora estejamos vivendo um momento muito agudo de crise dos combustíveis, temos que reconhecer que a Petrobras é um ativo nacional e uma empresa bem sucedida que precisa ser valorizada. Mas é adequado pensar também que ela deva contribuir para solução do aumento dos combustíveis, e isso se faz por meio de proposições legislativas e pela própria compreensão de sua nova diretoria", acrescentou.

Pacheco não quis comentar a substituição de Bento Albuquerque por Adolfo Sachsida no comando do MME, mas elogiou o ex-ministro, que classificou como "pessoa muito séria". "Temos que respeitar a decisão da Presidência da República e desejo boa sorte ao novo ministro. Que ele tenha a compreensão do tamanho da sua responsabilidade nesse momento agudo de crise nacional e que possa ter com o Congresso a melhor relação", limitou-se a responder.


Azeite gaúcho conquista prêmio internacional

Produzido na Fazenda Serra dos Tapes, de Canguçu, Potenza Frutado venceu em primeiro lugar na categoria “Best International EVOO” do Guía ESAO

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895