Puxado pelos transportes, setor de serviços cresce pela terceira vez consecutiva em julho, diz IBGE

Puxado pelos transportes, setor de serviços cresce pela terceira vez consecutiva em julho, diz IBGE

Segmento é responsável por 70% do PIB brasileiro

R7

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Depois de avançar 8,8% no primeiro semestre, o setor de serviços manteve a trajetória positiva ao avançar 1,1% em julho, na comparação com junho, de acordo com informações divulgadas nesta terça-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A terceira alta consecutiva coloca o segmento responsável por 70% do PIB (Produto Interno Bruto) — soma de todos os bens e serviços finais produzidos no país — em um patamar 8,9% acima do apurado em fevereiro de 2020, o último mês sem os efeitos da pandemia do novo coronavírus na economia nacional.

A sequência positiva do volume de serviços prestados do Brasil reduz para apenas 1,8% a diferença para o resultado mais alto da PMS (Pesquisa Mensal de Serviços), apurado em novembro de 2014. Somente entre maio e junho, o setor acumula ganho de 2,4%. "Essa retomada de crescimento é bastante significativa e é ligada aos serviços voltados às empresas, como os de tecnologia da informação e o de transporte de cargas, que têm um crescimento expressivo e alcançam, em julho, os pontos mais altos das suas respectivas séries", analisa Rodrigo Lobo, gerente responsável pela pesquisa.

Na comparação interanual, o volume do setor de serviços registrou a a 17ª taxa positiva seguida ao avançar 6,3%. O desemprenho de julho foi influenciado especialmente pela alta de 12,8% do segmento de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio.

Atividades

Em julho, a alta do volume de serviços prestados foi disseminada por três das cinco atividades investigadas pela pesquisa, com destaque para os transportes (+2,3%) e informação e comunicação (+1,1%), que exerceram as principais influências positivas na comparação com o mês anterior.

Com a alta, o ramo de transportes acumulou ganho de 3,9% nos três últimos meses e, em julho, foi influenciado principalmente pelos bons resultados de atividades como gestão de portos e terminais e concessionárias de rodovias. O transporte de cargas, que acumula alta de 19,7% desde outubro do ano passado, avançou 1,2% em julho.

Luiz Almeida, analista da PMS, ressalta que a sequência positiva coloca a atividade no ponto mais alto da série histórica. "Dentro desse setor, um dos destaques foi a gestão de portos e terminais, muito relacionado ao escoamento de safra agrícola. O transporte como um todo foi beneficiado pelo escoamento de produção, carregamento de mercadorias e a retomada do transporte de passageiros”, explica ele.

O pesquisador também ressalta os resultados do transporte de cargas e do transporte de passageiros, que estão, respectivamente, 31,7% e 0,4% acima do patamar pré-pandemia. “O transporte de cargas tem atingido recorde de patamar e o de passageiros vem mostrando uma melhora com a retomada dessas atividades principalmente relacionadas ao turismo, com as pessoas viajando mais e voltando a utilizar esses serviços”, afirma Almeida.

Já o segmento de informação e comunicação, com o avanço de julho, conseguiu recuperar a variação negativa do mês anterior (-0,2%). Ao mesmo tempo, os serviços prestados às famílias (0,6%) cresceram pelo quinto mês seguido, acumulando alta de 9,7% no período.

Por outro lado, o segmento de outros serviços recuou 4,2%, após ter crescido nos dois meses anteriores. Rodrigo Lobo explica que esse resultado pode estar relacionado a mudanças no consumo das famílias. Os serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,1%) também recuaram após crescimento em maio e junho. Essa queda está relacionada a uma redução da receita nas empresas que prestam serviços a outras empresas. 


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