Rendimentos da poupança serão atrelados à taxa básica de juros
MP de Dilma deverá entrar em vigor na sexta para evitar troca de títulos públicos pelas cadernetas
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O critério de remuneração da poupança será equivalente a 70% da taxa Selic mais a variação da Taxa Referencial (TR). Isso valerá sempre que a Selic estiver em 8,50% ao ano ou em patamar menor. Se a taxa estiver acima disso, o rendimento continuará sendo o atual: 0,5% ao mês mais a variação da TR. Atualmente, a Selic está fixada em 9% ao ano. A medida abrirá espaço para o Banco Central continuar a reduzir os juros como defende a presidente.
Segundo o presidente da Força Sindical, deputado Paulinho da Força (PDT-SP), a alteração valerá apenas para novos depósitos e não afetará as 100 milhões de contas na caderneta de poupança existentes. “Nossa preocupação é que os atuais poupadores não fossem prejudicados. Como a mudança garante direitos dos poupadores atuais, nós [da Força Sindical] apoiamos a alteração”, explicou o deputado.
O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique, também confirmou a mudança. Ele relatou, porém, que a entidade não concordou imediatamente com a resolução e irá analisar a proposta.
A mudança na remuneração da poupança vai permitir que o governo continue a baixar os juros sem que os grandes investidores se sintam estimulados a migrar para a poupança e deixem de comprar títulos públicos. O anúncio oficial da medida deve ser feito nesta quinta pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.