Reunião na Petrobras discutirá futuro do Polo do Jacuí e dos trabalhadores da Iesa
Metalúrgicos pedirão nesta segunda que estatal reduza hiato entre a entrega e construção de plataformas de petróleo
publicidade
Carneiro salienta que a garantia de pagamento de salários e benefícios atrasados aos trabalhadores da Iesa já ficou praticamente acordada em uma reunião na quinta passada. Ele deixa claro que a categoria vai para a reunião disposta a negociar, inclusive, um parcelamento dos valores, se for o caso. Em Charqueadas, a sede da Iesa segue ocupada, pelo menos até terça-feira, quando mais uma tentativa de conciliação ocorre no Foro de São Jerônimo.
O presidente do sindicato lembrou, ainda, que para cada trabalhador do Polo Naval, mais sete vagas são geradas na região. Ele fala que, por isso, a ideia é propor à Petrobras que, em vez de uma concorrência internacional, apresente cartas-convite a empresas da região para assumir o posto deixado pela Iesa, que teve o contrato rescindido no Polo do Jacuí.
Para Rio Grande, o sindicato espera minimizar os transtornos gerados pelos ciclos de demissão seguida de recontratação de metalúrgicos que constroem plataformas para a Petrobras. O grupo vai pedir que a estatal reduza o hiato entre um empreendimento e outro para que os trabalhadores possam ter mais estabilidade na função. Carneiro explica que parte deles se obriga a voltar para casa, alguns inclusive para estados do Nordeste, por não ter como subsistir entre a entrega de uma plataforma e a encomenda da próxima. Na semana passada, a saída da P-66 em direção ao Rio de Janeiro desempregou, por exemplo, 3 mil pessoas. Desestabilizado, o mercado de trabalho de Rio Grande só deve agora se normalizar em março ou abril.