Sem setor privado, será difícil preservar região Amazônica, diz Mourão

Sem setor privado, será difícil preservar região Amazônica, diz Mourão

Declaração foi feita em versão online do Fórum Econômico Mundial, chamada de Fórum Digital de Davos

AE

Mourão reconheceu que há pressões internacionais

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O vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão, disse nesta quarta-feira ser inevitável a participação do setor privado para que o País consiga proteger a Amazônia e fazer prosperar economicamente a região. "Está claro para nós que, sem parceiros públicos e privados, não seremos capazes de atingir nossa meta principal de preservar a região", afirmou.

A fala do representante brasileiro ocorreu durante o painel "Financiando a transição da Amazônia para uma bioeconomia sustentável", organizado pela versão online do Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês), chamada de Fórum Digital de Davos. Por causa da pandemia, a organização decidiu fazer o evento, que tradicionalmente reúne todos os anos a elite econômica e política do mundo nos Alpes suíços, de forma virtual. Há previsão de que uma edição presencial do evento ocorra em maio, em Cingapura.

O debate, que ocorre neste momento, tem como premissa a avaliação de que a Amazônia tem potencial para se tornar a bioeconomia mais importante do mundo, gerando empregos e inovação enquanto restaura e conserva ecossistemas.

Para Mourão, 2020 foi o ano mais desafiador da história recente - segundo o vice, não apenas por causa da pandemia, mas também por questões ligadas à sustentabilidade. "O Brasil não parou de trabalhar contra a depredação da Amazônia", garantiu. "O governo tem mostrado o empenho com a agenda sustentável para o mundo", acrescentou.

Agro e transformação digital

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou que a transformação digital tem ocorrido muito rapidamente no Brasil e que o setor de agronegócios precisa estar inserido neste contexto de mudança. O País tem, segundo ela, um dos "mais vibrantes" ambientes de negócios, com mais de 2 mil agritechs - startups do agronegócio. O Brasil, afirmou a ministra, tem ampliado os investimentos nesta frente ao longo dos últimos anos.

"Os investimentos passaram de US$ 4 milhões em 2013 para mais de R$ 200 milhões em 2019. Temos mais de 2 mil agritechs trabalhando em diversas áreas, como rastreabilidade, e diversas tecnologias para entregar produtos mais sustentáveis e seguros", disse a ministra da Agricultura, durante a edição virtual do Fórum Econômico Mundial de Davos.

De acordo com ela, a atuação do agronegócio brasileiro está debruçada em diretrizes claras, com cinco eixos: sustentabilidade, inovação aberta, biotecnologia, agregação de valor e agricultura digital.

Tereza Cristina participa nesta quarta-feira de painel virtual sobre a transformação de sistemas alimentares por meio da tecnologia e inovação, no âmbito do Fórum Econômico Mundial de Davos. Ela dividiu a arena digital com representantes de organizações internacionais ligadas à alimentação, dos governos da Índia e África do Sul e ainda de empresas privadas.

Tereza Cristina disse que a próxima década será marcada por "convergência digital e biológica", principalmente, na agropecuária. "Inovação é imprescindível para adequar a agropecuária à realidade global e é o único vetor capaz de conciliar segurança alimentar e preservação ambiental", disse a ministra.

Tereza Cristina também aproveitou a plateia digital e com participação global para evidenciar a importância da integração dos pequenos produtores no setor de agronegócios. Segundo ela, esse é o passaporte para manter o jovem no campo e impedir que a população fique tão envelhecida no meio rural. Destacou, ainda, a importância de ajudar as mulheres que trabalham no campo.


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