Sindmóveis projeta crescimento real de 4% para o polo moveleiro

Sindmóveis projeta crescimento real de 4% para o polo moveleiro

No último semestre de 2020 indústria teve boa recuperação

Correio do Povo

Vinicius Benini, presidente do Sindmóveis

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O setor moveleiro tem boas perspectivas para 2021 e a expectativa do Sindicato das Indústrias do Mobiliário de Bento Gonçalves (Sindmóveis) é um crescimento de 4% em termos reais no cenário base. Em termos nominais (sem descontar-se o aumento dos custos, inflação do período, etc), está sendo projetado um crescimento de 9% no faturamento do polo moveleiro de Bento Gonçalves, que engloba também os municípios de Monte Belo do Sul, Santa Tereza e Pinto Bandeira.

O presidente do Sindmóveis, Vinicius Benini, salienta que a pandemia causou uma forte desorganização da cadeia produtiva, com redução da produção, escala e forte queda de estoques. Embora o volume de vendas no varejo de móveis no Brasil tenha reagido fortemente nos últimos meses, a produção não conseguiu acompanhar essa evolução.

Ele reforça que as vendas se recuperaram de modo mais rápido do que a produção em um cenário de estoques em baixa e pela alta de preço dos insumos dolarizados, o que freia uma recuperação mais consolidada. Ou seja, há um descompasso entre oferta e demanda. “Existem pedidos ainda parados em função da falta e alta nos preços de insumos e embalagens. Além disso, deverá haver recomposição dos estoques no comércio, atualmente em baixa”.

Mesmo sem a consolidação de dados referentes ao ano de 2020, que serão acessíveis nas próximas semanas, informações já disponíveis como o Índice de Preços por Atacado da Fundação Getúlio Vargas (FGV) acumulam alta superior a 30% no preço das matérias-primas de janeiro a novembro.

Antes da pandemia, a projeção era de que o ano de 2020 seria de forte crescimento para o setor moveleiro, que foi um dos setores mais impactados pela instabilidade e crise econômica dos últimos anos. Janeiro e fevereiro iniciaram de modo positivo, mas a pandemia do coronavírus atingiu em cheio o setor.

O auge da crise na indústria moveleira ocorreu entre março e maio do último ano. Esses meses concentraram as piores quedas no faturamento, produção e exportações para as indústrias. Foram os piores meses da história da indústria moveleira, que sofreu mais do que a média geral da indústria de transformação. A partir de junho, o setor iniciou uma reação que perdurou nos meses seguintes, resultando em uma retomada nos níveis de emprego, produção e exportações pré-pandemia no fim do terceiro trimestre.

Conforme o economista Eduardo Santarossa, do setor de Inteligência Comercial do Sindmóveis, as razões para tal recuperação passam pela gradual retomada das atividades após as medidas mais intensas de restrições a produção e circulação de pessoas, além da demanda reprimida por móveis e sua rápida recuperação. “Novos hábitos impulsionaram a procura por móveis e as indústrias moveleiras rapidamente adaptaram-se ao novo cenário. Além disso, como é sabido, as medidas emergenciais do governo auxiliaram na manutenção do consumo”, avalia.

Suporte às indústrias

Passado o primeiro impacto após o fechamento das indústrias e da própria entidade em março do último ano, o Sindmóveis voltou suas atenções a compreender as perdas que o setor poderia enfrentar e oferecer meios de apoiar o polo moveleiro na busca por alternativas para a manutenção dos negócios.

Após a definição do adiamento da feira Movelsul Brasil para março de 2022, a entidade focou seus esforços para o desenvolvimento do setor e busca de novos mercados para a indústria moveleira. A entidade fez isso apresentando oportunidades de negócios aos associados por meio de palestras e fóruns online cujo objetivo foi detalhar para a indústria moveleira canais de vendas alternativos e formas de acesso a eles. Em sua maioria, essas oportunidades foram focadas no mercado global.

Ao mesmo tempo, os consultores de inteligência e estratégia do Sindmóveis ficaram à disposição para o agendamento de assessorias individuais com associados. Foram cerca de 20 palestras e reuniões com apresentação de cases de sucesso e estratégias de inovação. Além dos inúmeros fóruns e webinares sobre oportunidades de negócios no mercado internacional e e-commerce, também foram realizados cursos rápidos sobre plataformas de informações de mercado gratuitas como ComexStat e Trademap.

Para o ano de 2021, o Sindmóveis prevê ampliar seu pacote de convênios e serviços para os associados e também oferecer novas capacitações para o mercado internacional. Além disso, a entidade terá participação na Fimma Brasil, de 26 a 29 de abril de 2021, coordenando rodadas de negócios internacionais, apresentando novidades para a Movelsul Brasil do próximo ano e divulgando a data de inscrições para a 24ª edição do Prêmio Salão Design.

 

 

 


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