Sine de Porto Alegre faz mutirão de empregos para pessoas com deficiência

Hugo de Souza, sofreu um acidente de trânsito e ficou com limitações, Cassiano Ulian tem problemas de coordenação motora e Cesar da Costa, visão reduzida. Apesar de suas limitações, ambos buscaram nesta sexta-feira, no mutirão do Dia D Nacional, uma recolocação no mercado de trabalho. Juntos, participaram de uma seleção para o cargo de porteiro de uma empresa prestadora de serviço.

A ação foi realizada pelo Serviço Nacional de Empregos (Sine) municipal, no Centro de Porto Alegre, sendo voltada à inclusão de pessoas com deficiência (PCDs) e reabilitados do INSS. Ao todo, foram oferecidas mais de 350 vagas em diversas funções, disponibilizadas por 30 empresas. O evento contou ainda com o apoio do Ministério do Trabalho, dentro do Dia Nacional de Contratação das Pessoas Com Deficiência, celebrado hoje.

Segundo a secretária municipal de Trabalho e Emprego, Angela Oetinger, o momento não poderia ser de maior alegria. “É na crise que estão as possibilidades. E além de aproximar as empresas, também queremos oferecer qualificação”, afirmou ela, lembrando que o Sine de Porto Alegre é referência nacional por promover uma vez por mês ações voltadas a pessoas portadoras de deficiência.

Na abertura, o prefeito José Fortunati também reforçou a importância de se buscar espaços no mercado de trabalho, apesar da crise para todos os profissionais. “A nossa função, como governo, é oferecer qualificação e abrir oportunidades para que todos possam estar no mercado de trabalho”, disse. A abertura, que contou com a presença de diversas autoridades, teve ainda a apresentação do coral do Centro de Reabilitação de Porto Alegre (Cerepal), que atualmente realiza 6,2 mil atendimentos por mês.

E a qualificação foi apontada como uma das principais dificuldades nas contratações, segundo alguns recrutadores que participaram do mutirão. Segundo a consultora de recursos humanos, Bruna Kur, algumas vezes e difícil encontrar o candidato com o perfil para exercer a função, mesmo que a empresa ofereça suporte para a inclusão. Pensando nisso, na ação também foram oferecidas vagas em cursos gratuitos de qualificação e palestras de orientação aos trabalhadores e empresas.

No âmbito estadual, diversas ações foram organizadas pela FGTAS, nas suas 38 agências. As atividades tiveram o intuito de aproximar empregadores e trabalhadores, ofertando 874 vagas, distribuídas por 194 empresas. Segundo a Lei das Cotas implantada em 1999, as empresas devem reservar vagas para pessoas com deficiência, que sofreram acidentes de trabalho e reabilitadas.