Supermercadistas projetam incremento de 8% nas vendas de Páscoa

Supermercadistas projetam incremento de 8% nas vendas de Páscoa

Valor médio dos produtos está 5,9% superior em relação a 2017

Luciamem Winck

Antônio Cesa Longo projetou faturamento de R$ 129 milhões para setor

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Os supermercadistas gaúchos projetam incremento de 8% nas vendas de produtos típicos de Páscoa, em comparação com igual período de 2017. A expectativa é de comercialização de 6,8 milhões de ovos de chocolate, que deverão alavancar um faturamento de R$ 129 milhões para o setor.

Entre os bombons, a estimativa da Agas é de que pelo menos 6,1 milhões de caixas sejam comercializadas para a data, agregando ao faturamento do setor mais R$ 37 milhões. Os supermercados são tradicionalmente líderes na comercialização de chocolates no período de Páscoa, e a expectativa de de crescimento se dá, também, pela base ruim da data no ano passado - quando a comercialização de ovos caiu 12%. 

Com relação aos preços, o valor médio dos produtos típicos de Páscoa está 5,9% superior ao ano passado. "Os consumidores mais atentos certamente terão um gasto similar ao do ano passado, comprando mais produtos de menor valor agregado. Por outro lado, a indústria se readequou e reduziu o tamanho de algumas embalagens. Por conta disso, os preços estarão parecidos", projetou nesta terça-feira o presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antônio Cesa Longo.

Apenas 11% dos varejistas fazem contratações  

Segundo Longo, apenas 11% dos varejistas contrataram temporários para a Páscoa - 90% dos cerca de 1,1 mil empregos temporários criados no Rio Grande do Sul foram na indústria, em cargos como operador de logística, montador, promotor de vendas e estoquista.

Longo ressaltou que a indústria se readequou e está possibilitando que o varejo ofereça uma Páscoa mais enxuta, mais barata e mais criativa para os consumidores. "Haverá ovos de chocolate para todos os bolsos, mas também kits de bombons e barras de chocolate, além de cestas e chocolates avulsos", explicou.

Conforme o presidente da Agas, a readequação dos supermercados para esta Páscoa passa por modificações instituídas pela indústria - as parreiras de ovos deverão ser menores, com menos chocolates grandes e com versões mais baratas -, mas também é reflexo de mudanças que os varejistas estão propondo. "Certamente haverá um ajuste do portfólio para evitar sobras e excesso de promoções depois do domingo de Páscoa, bem como uma aposta maior nos tabletes e bombons", revelou.  

Inovação para conquistar consumidores

Longo ainda destacou que a exposição dos ovos foi antecipada em 2018, e que as lojas deverão inovar para conquistar consumidores. "Neste ano, estão em evidência ovos de até R$ 19,90, com menor gramatura e menos brinquedos dentro, e que devem ser os mais vendidos. Muitos supermercados vão fazer kits para presente, e apostar também na venda de brinquedos fora dos ovos", ressaltou.

O dirigente da Agas afirmou que a Páscoa é o segundo maior evento do setor, atrás apenas das festas de fim de ano. "O Rio Grande do Sul continua sendo o maior consumidor percapita de ovos de chocolate. Certamente, 12% da produção nacional serão consumidas pelos gaúchos", quantificou. Longo informou que a venda de itens específicos para a data festiva vai representar 11% do faturamento de março nos supermercados.

Os recursos serão aplicados, em sua maioria, na abertura ou reforma de lojas no Estado. "O setor está apostando em uma gama maior de itens para incrementar as vendas da Páscoa, fazendo promoções em pescados para a Sexta-feira Santa e em carnes e bebidas para o tradicional churrasco de domingo", destacou.

Ovos de chocolate serão os favoritos

Mesmo que as barras e bombons ganhem espaço, os ovos de chocolate ainda devem ser os preferidos dos consumidores gaúchos nesta Páscoa. Longo lembra que, entre os ovos de chocolate, também há consumidores dos produtos "premium", mais caros e adquiridos para presentear, que deverão representar cerca de 12% das vendas. Com relação à procedência dos chocolates vendidos pelos supermercados do Estado, 73% são oriundos da indústria brasileira (outros estados), 20% de fabricantes gaúchos e 7% de chocolates importados. "Cada pessoa deverá presentear, em média, outras quatro pessoas nesta Páscoa", projetou.

Longo aposta que, por conta da restrição de gastos e do controle do endividamento, as compras de Páscoa à vista (dinheiro e débito) deverão seguir majoritárias, mas os pagamentos com tíquete alimentação ganharão espaço. "O consumidor está muito consciente e não quer se endividar. Este é um comportamento muito marcante nos brasileiros atualmente", pontuou.

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