Tá na Mesa encerra edição de 30 anos debatendo desafios e oportunidades no Brasil

Tá na Mesa encerra edição de 30 anos debatendo desafios e oportunidades no Brasil

Programação do mês de outubro teve como tema 'Líderes que Transformam o RS'

Paula Maia

Daniel Randon (E)n e Jorge Gerdau Johannpeter (D) fecharam a programação especial dos 30 anos do Tá na Mesa

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A programação comemorativa dos 30 anos do Tá na Mesa, um evento de destaque no cenário empresarial do Rio Grande do Sul, foi concluída com a participação de Daniel Randon e Jorge Gerdau Johannpeter. O evento, promovido pela Federasul, foi palco de discussões sobre a situação econômica, política e social no Brasil.

O presidente da Federasul, Rodrigo Sousa Costa, explicou que a escolha dos convidados para esta edição visou homenagear o empreendedor. Costa enfatizou o papel do Tá na Mesa como um espaço de expressão de talentos, onde líderes que moldaram o Rio Grande do Sul tiveram a oportunidade de compartilhar suas visões.

Durante a conversa com a imprensa, antes do tradicional almoço, a pauta eleições na Argentina ocupou um espaço significativo. Jorge Gerdau Johannpeter ressaltou que a condução política tem extrema importância nas atividades Empresariais. E destacou como a Argentina, que já foi uma das maiores economias, agora enfrenta desafios sérios. Prejudicada por um "processo clássico do populismo destruidor do setor econômico". Johannpeter  acredita que o extremismo político é  um fator contribuinte para uma desorganização econômica.

Daniel Randon, por sua vez, compartilhou sua experiência de quase 30 anos de atuação na Argentina, afirmando que vai continuar atuando e investindo no país, apesar dos obstáculos fiscais e as incertezas cambiais que afetam os negócios.

Ele mencionou que a Randoncorp mantém 288 colaboradores no país. Eles estão envolvidos na fabricação de semirreboques e na produção de autopeças por meio das operações da Fras-le, Farloc e Armetal, nas fábricas em Rosário e na região de Garin.

Quando o foco se voltou para o Brasil em 2024, Johannpeter expressou dificuldades na previsão das projeções devido aos desafios políticos de distribuição tributária e à alta carga tributária no país. Além disso, ele destacou o atraso na área industrial do Brasil. E ambos os empresários  ressaltaram a importância de acompanhar os desdobramentos das guerras em andamento que podem ter impactos globais imprevisíveis.

Johannpeter também  destacou a importância da mobilização do pensamento empresarial no Brasil. Ele enfatizou a necessidade de medidas governamentais eficazes e um gerenciamento adequado para estimular o crescimento econômico. "A discussão dos propósitos tem que ser acentuada", afirmou, enfatizando a importância de direcionar esforços para alcançar metas concretas. 

Randon ressaltou que o Brasil tem oportunidades significativas para se tornar um protagonista na sustentabilidade. Ele enfatizou a importância de o país buscar mais investimentos na energia limpa e acompanhar a PL 412 que trata da descarbonização e está em discussão no Senado. 

Ele também abordou o desafio de evitar que a indústria e outros setores sejam erroneamente colocados como vilões e destacou a necessidade de que órgãos reguladores do mercado se concentrem em regulamentar e orientar, não apenas em multar.


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