Tebet indica que governo Lula vai incrementar saúde neste ano em R$ 5 bilhões

Tebet indica que governo Lula vai incrementar saúde neste ano em R$ 5 bilhões

Ministra do Planejamento ponderou que a decisão foi tomada mesmo após a manifestação da área técnica do TCU

AE

publicidade

Embora a área técnica do Tribunal de Contas da União (TCU) já tenha concordado com o Ministério da Fazenda sobre a desobrigação de os pisos de saúde e educação serem cumpridos neste ano, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, indicou nesta quarta-feira, que o governo concordou em desembolsar cerca de R$ 5 bilhões a mais para o setor em 2023. Ela não antecipou, contudo, se o Executivo será obrigado a bloquear esse mesmo volume de recursos no orçamento para poder atender a medida. Segundo Tebet, o Planejamento discutiria ainda nesta quarta-feira, em reunião extraordinária da Junta de Execução Orçamentária (JEO) um "pré-estudo" em torno do assunto.

"Não posso adiantar se vai ter ou não bloqueio. O que eu posso adiantar é que nós vamos cumprir a determinação, e a decisão, que foi democrática, sensível à situação de saúde pública no Brasil, e foi equilibrada", respondeu Tebet a jornalistas no Palácio do Planalto, depois da cerimônia de instalação do Conselho da Federação.

Ela ponderou que a decisão foi tomada mesmo após a manifestação da área técnica do TCU, que foi acompanhada pelo Ministério Público que atua junto à Corte. A consulta feita ao Tribunal de Contas pelo Ministério da Fazenda, contudo, ainda não foi julgada pelo plenário do TCU. Como já mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), a opção defendida pela equipe de Fernando Haddad geraria impacto fiscal zero neste ano.

A ala política, contudo, costurou no Congresso uma forma de possibilitar que ao menos um valor adicional pudesse ser liberado em 2023. A possibilidade foi colocada no projeto de lei de compensação do ICMS e já sancionado por Lula. Na prática, se o TCU validar a tese da Fazenda, o governo estaria desobrigado de colocar qualquer valor adicional na área da saúde neste ano - cumprindo os pisos constitucionais somente a partir de 2024. Tebet indicou, contudo, que o presidente já decidiu fazer o desembolso adicional para o setor, conforme a possibilidade aberta pelo Congresso.

"Mesmo com o parecer que já foi adiantado, com aval do MPTCU, com entendimento acertado, de que o orçamento é anualizado (...) chegamos ao melhor dos consensos. Foi avaliado mais ou menos o que faltava para cumprir o piso ainda neste ano, são mais ou menos R$ 4,7 bilhões, R$ 5 bilhões, e nós estaremos cumprindo isso. Então, mesmo com a decisão do TCU, que os pisos valem para o ano que vem, na proporcionalidade nós já estamos cumprindo o piso para esse ano", respondeu Tebet.

O imbróglio em torno da aplicação dos pisos surgiu porque o novo regime sustentável (nome técnico do arcabouço fiscal) substituiu o teto de gastos, que suspendia a aplicação dos mínimos constitucionais de Saúde e Educação. O Ministério da Fazenda argumenta, por sua vez, que, apesar de sancionado, o novo quadro de regras fiscais não está incidindo ainda de forma "plena e efetiva", só tendo início prático a partir do exercício de 2024.


Azeite gaúcho conquista prêmio internacional

Produzido na Fazenda Serra dos Tapes, de Canguçu, Potenza Frutado venceu em primeiro lugar na categoria “Best International EVOO” do Guía ESAO

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895