Terceirizada da Caixa deve demitir 600 funcionário em Canoas

Terceirizada da Caixa deve demitir 600 funcionário em Canoas

Estatal não vai renovar contrato com prestadora de Call Center

Karina Reif

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Cerca de 600 funcionários da Audac, prestadora de Call Center, deverão ser demitidos nesta sexta-feira em Canoas, na região Metropolitana. Outros cem já foram dispensados nos últimos dias, porque a Caixa Econômica Federal não renovou o contrato que tinha com a empresa.

A gerente da unidade, Camile Consul, disse que a Audac passou por licitação e há um ano está credenciada para prestar o serviço para a Caixa. No período, foram contratadas 700 pessoas. “Fizemos todos os processos, seguindo os requisitos da Caixa. Toda a filial foi exclusivamente projetada para atender ao banco, adaptamos o imóvel conforme o edital”, observou.

O contrato poderia ser renovado a cada 12 meses durante cinco anos, mas na terça-feira o banco informou que não manteria o serviço. “Há três meses estamos em negociação, entregando documentos solicitados pela Caixa, que ficou todo o tempo em silêncio. Somente agora informou que não vai renovar”, disse. Por conta da insegurança, os funcionários que estavam com contrato de experiência foram os primeiros a ser demitidos. “São pessoas que têm famílias, que dependem do trabalho”, contou.

Segundo ela, a filial faz 90 mil atendimentos de todo o Brasil por dia e tem trabalhadores de Canoas, Esteio, Gravataí e outros municípios da Região Metropolitana. Entre o total de 700 cargos, estavam operadores de Call Center e administrativos.

Nesta quinta-feira o clima era de apreensão na empresa. Os empregados se diziam desinformados sobre a situação. “Eu tenho contas para pagar”, afirmou a operadora Andressa Rosa, 25 anos, que atuava há dois meses no local. A colega Andressa Porcher, 20 anos, que atua há sete meses no local, também estava preocupada.

Outra operadora, Andradina de Paula, 34 anos, disse que agora vai ficar difícil de sustentar os três filhos somente com o salário do marido. “Antes de começar na empresa, estava desempregada há bastante tempo”, contou. A empresa entrou com processo judicial para tentar reverter à situação.

A Caixa Econômica Federal foi procurada para esclarecer o motivo de não ter renovado o contrato e sobre quem prestará o serviço a partir de agora, mas só informou que o prazo firmado foi de um ano: “Conforme contrato assinado, a responsabilidade pela gestão dos empregados é competência da empresa contratada”, disse em nota.

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