Trump e Putin conversam sobre comércio e incêndios florestais
Presidente russo determinou reforço nos esforços de combate às chamas na Sibéria
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, conversou por telefone com o presidente russo, Vladimir Putin, nessa quarta-feira, sobre o comércio entre as duas nações e os incêndios florestais que atingem a Sibéria. De acordo com o Kremlin, o líder americano ofereceu ajuda para conter as chamas que já devastaram milhões de hectares de floresta e ameaçam acelerar o degelo do Ártico.
A oferta de Trump tem como chave uma restauração em grande escala das relações entre a Rússia e os Estados Unidos, informou a assessoria de imprensa do Kremlin. Em breve comunicado, a assessoria do presidente americano disse que Trump "manifestou sua preocupação com os incêndios na Sibéria e os dois líderes também falaram de comércio entre os dois países".
Os incêndios florestais na Rússia já se espalharam para cerca de três milhões de hectares de florestas, a maioria do tamanho da Bélgica, espalhando fumaça pela Sibéria e levando várias regiões a declararem estado de emergência. No telefonema iniciado por Washington, Putin agradeceu a oferta de Trump e disse que a Rússia já mobilizou forças aéreas para combater os incêndios.
Reforço no combate ao incêndio
Putin ordenou que militares reforcem os esforços para combater o fogo que está devastando a região. O presidente russo determinou o reforço depois de ler o relatório do ministro de Emergências, Evgueni Zinichev, sobre a situação. Como resposta às ordens do governo, o Ministério da Defesa anunciou o envio de 10 aviões IL-76 e 10 helicópteros "com equipamento especial para lançar água" sobre os incêndios de Krasnoyarsk, na Sibéria.
Segundo o Serviço de Proteção Florestal da Rússia, há 147 focos de incêndios na região, sendo que 32 foram extintos nas últimas 24 horas. As chamas já devastaram uma área de quase 3 milhões de hectares. A região de Irkutsk é a mais afetada pelo fogo. O Serviço de Proteção Florestal (SPF) afirmou ainda que outros 321 incêndios em áreas remotas e de difícil acesso estão sendo apenas monitorados e não combatidos, por não ameaçarem centros populacionais e objetos econômicos.