Vale paralisa atividades no Complexo Mariana

Vale paralisa atividades no Complexo Mariana

Empresa ressaltou que a barragem Xingu, próxima à estrutura, permanece em nível 2 do Plano de Ação de Emergência, sem risco iminente de ruptura

AE

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A Vale informou nesta sexta-feira, 4, que paralisou a circulação de trens no Ramal Fábrica Nova, da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM), localizado no Complexo Mariana, em atendimento à notificação da Superintendência Regional do Trabalho de interdição das atividades em áreas próximas à barragem Xingu, da Mina Alegria. A medida terá impacto na produção local de 40,5 mil toneladas de finos de minério de ferro por dia.

Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa detalha que a medida impedirá o escoamento do material produzido na Usina Timbopeba durante a interdição e, por consequência, levará à paralisação temporária da produção nesta unidade, com impacto estimado em 33 mil toneladas de finos de minério de ferro por dia.

Adicionalmente, foram interditados alguns acessos internos da Mina Alegria, com impactos parciais na produção da usina estimados em 7,5 mil toneladas de finos de minério de ferro por dia. "A Vale está tomando todas as medidas necessárias para a retomada das atividades o mais breve possível, mantendo o foco nos cuidados necessários para garantir a segurança dos empregados e das comunidades localizadas no entorno de suas estruturas", afirma a mineradora.

A empresa ressalta que a Barragem Xingu permanece em nível 2 do Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM), em que não há risco iminente de ruptura, seguindo inalteradas as condições de segurança da estrutura. "A barragem Xingu é monitorada e inspecionada diariamente por equipe técnica especializada e está incluída no plano de descaracterização de barragens da companhia. A Zona de Autossalvamento (ZAS) da Barragem Xingu permanece evacuada, não havendo a presença permanente de pessoas na área", diz a companhia.

Desastre Ambiental

No dia 5 de novembro de 2015, a barragem da Samarco em Mariana se rompeu jogando 39 milhões de metros cúbicos de lama. O colapso da estrutura matou 19 pessoas, deixou comunidades e florestas destruídas, além de poluir a bacia do Rio Doce. Os órgãos ambientais têm tido dificuldades para fazer com que a mineradora responsável, Samarco (uma joint-venture entre a Vale S.A. e a anglo-australiana BHP Billiton), efetue os pagamentos. As penalidades impostas pelo Ibama e pela Semad chegam a R$ 656,5 milhões. 

A Samarco recorreu de todas as multas. Não houve nenhum pagamento ao Ibama, até o momento. Junto à Semad, há uma única multa em fase de execução porque foi julgada em primeira e segunda instância. As demais aguardam a avaliação dos recursos apresentados pela mineradora.


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