'Vamos deixar de ter crescimento de pato para ter de águia', diz Meirelles no RS

'Vamos deixar de ter crescimento de pato para ter de águia', diz Meirelles no RS

Em palestra na Federasul, o ministro da Fazenda disse que o Estado tem tido crescimento maior que a média histórica

AE

Ministro da Fazenda participa do evento Tá na Mesa da Federasul

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Em palestra para lideranças empresariais do Rio Grande do Sul, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, avaliou que o crescimento da economia brasileira é vigoroso, mas não transparece ainda devido à profunda recessão que o País viveu nos últimos anos. Na palestra, Meirelles - que vai deixar o Ministério da Fazenda para buscar se viabilizar numa candidatura nas próximas eleições - voltou a ressaltar os avanços da economia durante a sua gestão no comando da política econômica. Essa tem sido uma estratégia nas suas viagens pelo Brasil para se firmar como um candidato viável.

Segundo ele, o Brasil vai ter que "aprender de novo" se políticas do passado que deram errado voltarem. "É pouco provável", disse Meirelles. Com a continuidade das políticas, o ministro previu que o crescimento dos próximos anos será superior aos 3% previstos para 2018. "Vamos deixar de ter um crescimento de 'voo de pato' para ser de águia", afirmou. Meirelles disse que o aumento dos investimentos e do consumo das famílias é forte, previu 2,5 milhões de novos empregos em 2018, ressaltou a queda histórica da inflação e aproveitou que está no Rio Grande do Sul para destacar que o crescimento no Estado tem sido maior do que a média histórica. "Isso tem acontecido após uma intensa agenda de reformas", disse ele.

Ele citou as 15 medidas econômicas consideradas prioritárias pelo governo federal para serem aprovadas e enfatizou que a privatização da Eletrobras é fundamental. "Estamos criando um crescimento de longa duração", disse. Segundo Meirelles, o aumento dos investimentos e do consumo, no passado, foi de pouca duração por causa da injeção de crédito dos bancos públicos, o que não ocorre agora. Num aceno ao governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (MDB), presente na palestra, o ministro disse que o governo está trabalhando para o Estado ser aceito no programa de recuperação fiscal do Tesouro Nacional. Até agora, apenas o Rio de Janeiro conseguiu entrar no programa, que suspende o pagamento da dívida com a União e viabiliza empréstimos ao governo estadual.

Em tom de campanha, a presidente da Federasul (entidade que congrega várias representações empresariais do Rio Grande do Sul), Simone Leite, chegou a diz que os protestos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula em Bagé mostram "reação" da sociedade. "É uma grata satisfação, nesta semana histórica onde a classe produtiva reage, num exemplo que iniciou em Bagé e começa a se alastrar por todo o País", disse a dirigente. Ela elogiou Sartori e disse que o Estado sofreu muito os efeitos da má gestão política e do "populismo irresponsável num passado recente". Meirelles, na palestra, preferiu falar tratar apenas de temas econômicos e evitou temas políticos diretamente, apesar de ter criticado as políticas econômicas do governo do PT.

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