Especialistas alertam para risco de demissão ao jogar Pokémon no trabalho
Prédio do Correio do Povo é um dos “pokéstops” no Centro de Porto Alegre
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“Muitas empresas estão se queixando de funcionários que estão perdendo produtividade, pois estão usando o aplicativo durante o expediente, seja em escritórios, ambientes fabris ou até mesmo na rua, para aqueles que trabalham em funções externas. Esses trabalhadores podem ser punidos e, inclusive, demitidos por justa causa. Isso porque a própria CLT prevê que a queda do desempenho do empregado poderá gerar esse tipo de demissão”, explica Rafael Colônia, do escritório Aith Advocacia.
Renato Falchet Guaracho, especialista em Direito Eletrônico e Digital, prega que as empresas devem restringir o uso do software nos ambientes de trabalho ou externos com normas próprias ou acordos coletivos. “Nos dois casos, se o empregado que ignorar a proibição da empresa poderá tomar advertência e até mesmo ser demitido por justa causa, em virtude de sua insubordinação”, observou Falchet.
O jogo e o Pokéstop no prédio do Correio do Povo
O Pokémon é um jogo eletrônico free-to-play de realidade aumentada voltado para smartphones. Lançado em julho de 2016 em alguns países e em agosto no Brasil, o game utiliza o GPS e a câmera de dispositivos compatíveis para capturar, batalhar, e treinar criaturas virtuais, chamadas Pokémon, que aparecem nas telas de dispositivos como se fossem no mundo real.
Para capturar os Pokémon é preciso encontrar os pokéstops, onde estão as bolas que aprisionam as criaturas digitais que posteriormente podem ser treinadas e entrar em batalhas com outros jogadores. Um dos locais onde os usuários podem encontrar a ferramenta de captura dos pokémons é no prédio sede do Correio do Povo, na placa que anuncia a Redação da Folha da Tarde, jornal extinto do grupo.