Águas do Guaíba começam a recuar após alagamentos nas ilhas

Águas do Guaíba começam a recuar após alagamentos nas ilhas

Algumas áreas da Capital chegaram a ficar isoladas no final de semana

Mauren Xavier / Correio do Povo

Águas do Guaíba começam a recuar após alagamentos nas ilhas

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Depois de um final de semana com alagamentos nas ilhas do Guaíba, em Porto Alegre, as águas começaram a recuar. Com as fortes e intensas chuvas da semana passada, o nível havia subido rapidamente e deixado pátios e ruas submersas no sábado e no domingo. Mesmo com a diminuição, nesta segunda-feira, ainda era possível ver muita água nas vias. As marcas deixadas nos muros e nas paredes indicavam que o nível atingiu quase meio metro.

Com botas de plástico, a moradora da Ilha dos Marinheiros Dalvira Maciel, 39 anos, contou que o final de semana foi de muito trabalho. “Já estamos acostumados, mas mesmo assim, é um problema ter que cuidar para que as coisas não estraguem dentro de casa”, lembrou. Acompanhada do filho e do marido, ela contou que a umidade dificulta a limpeza. Com a previsão de temperaturas mais altas, Dalvira tinha expectativa de que o tempo secasse, reduzindo os estragos.

A rua Nossa Senhora da Boa Viagem, principal da Ilha dos Marinheiros, ainda apresentava pontos cobertos pela água nesta manhã, dificultando a passagem de carros. Com a elevação do nível do rio, muitos galhos e lixo foram arrastados, o que complicou ainda mais o trânsito. Um dos principais receios dos moradores era com a possibilidade da transmissão de doenças provocadas pela umidade e pela água acumulada. Em uma parte mais baixa da rua, algumas casas ficaram praticamente ilhadas. Como é frequente esse tipo de situação na região, a maioria das residências já tem dois andares, ou contam com uma elevação.

O coordenador da Defesa Civil de Porto Alegre, Léo Bulling, se mostrou surpreso com a rapidez com que a água recuou. “Normalmente o período é bem maior, dois ou três dias. Dessa vez, a água subiu e desceu rápido”, afirmou ele. Bulling destacou ainda que o único ponto crítico na região é uma área onde há dez casas na Ilha das Flores. Neste local, os casebres ficam ilhados. Mesmo com o problema, ninguém precisou ser retirado de casa.

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