Árvores são replantadas na Redenção em Porto Alegre
Trabalho consiste em recolocar troncos que foram devastados por causa do temporal
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O arquiteto paisagista Ibirá Lucas, 60 anos, foi um dos que participou da atividade. Ele avalia que a Prefeitura tem cortado árvores que poderiam ser salvas. “A Smam (Secretaria Municipal do Meio Ambiente) não tem estrutura para gerenciar o patrimônio. Queremos mostrar que é possível levantar para que no próximo temporal isso seja adotado”, declarou. Edvino de Mattos, 67 anos, que é formado em manejo ambiental, observa que a situação de emergência foi usada como justificativa para retirar as árvores. Ele lamenta que o pinheiro localizado em frente à Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). “Tinha 75 anos e estava sadio”, declarou. “Essas medidas caracterizam crime ambiental”, salientou a técnica em meio ambiente Maria Helena Lucas, 63.
A gerente técnica da Zonal Centro da Smam, Regina Patrocínio explicou que, em um primeiro momento, foi feita a limpeza das áreas para tentar minimizar os riscos à população. Havia árvores sem chance de recuperação que tiveram que ser removidas. O pinheiro citado pelos ambientalistas, conforme ela, não tinha como ser resgatado. “Ele tombou, estava no meio de três vias.” A bióloga também disse que há demanda é muito grande para os quadros da Smam, por isso, deve ser feito um contrato emergencial para ajudar a solucionar os problemas.
O trabalho consiste no levantamento das árvores que foram inclinadas com o temporal e que, após vistoria, identificou-se que seria possível sua recuperação. As árvores são levantadas e têm as copas podadas para diminuir o peso. Ao mesmo tempo, são escoradas para um período de adaptação que poderá ser de um ano ou mais