"É impossível descartar impacto ambiental", diz delegada sobre vazamento em Imbé

"É impossível descartar impacto ambiental", diz delegada sobre vazamento em Imbé

IGP fará perícia em cabos rompidos nas monoboias

Luiz Felipe Mello

Marina Goltz afirmou IGP realizará perícia nos cabos rompidos nas monoboias

publicidade

*Com informações do repórter Marco Aurélio Ruas


A titular da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente, delegada Marina Goltz, afirmou nesta sexta-feira que o vazamento de 2,5 mil litros de óleo ocorrido na noite dessa quarta-feira na praia do Imbé, no Litoral Norte, pode causar danos a animais marinhos da região. "Não há como prever o que irá acontecer, mas é impossível descartar o impacto ambiental. O tempo é que vai dizer", resumiu em entrevista ao site do Correio do Povo. 

A delegada destacou que a praia não foi atingida graças à direção dos ventos. "O óleo é um componente altamente poluidor. A sorte foi o vento, que estava em direção ao Oeste e afastou a substância da costa", acrescentou Marina. 

De acordo com Marina, o agentes do Instituto Geral de Perícia (IGP) realizarão ainda nesta sexta uma inspeção nos cabos que ligam a monoboia ao navio e nas válvulas que foram rompidas. O trabalho não tem data ou hora para terminar, mas vai ajudar a esclarecer o acidente. 

O comandante do Batalhão Ambiental da Brigada Militar (BM), Rodrigo Gonçalves, relatou hoje que duas viaturas realizaram uma varredura na orla marítima, à procura de animais mortos. Segundo Gonçalves, um dos carros começo o trabalho no início da manhã e percorreu o trecho entre Tramandaí e Cidreira, enquanto a outros policiais militares fizeram o trajeto de Imbé até Capão da Canoa. "Parece que o óleo está mais dissipado do que ontem. É possível que o componente evapore, mas o tempo não tem ajudado. O vento não teve mudanças e a tendência é de que a mancha se afaste ainda mais", esclareceu. 

Sem limpeza

Marina relatou que a limpeza do mar não deve ocorrer por opção da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). "Na realidade, eles descartaram o uso de uma reagente químico para dissipar o óleo, que foi considerado muito volátil. A ideia é de que o componente se degrade no meio ambiente", explicou. 

Além da Polícia Civil, a Transpetro, Fepam e o Ministério Público (MP) acompanham o caso do vazamento. Segundo Marina, depoimentos serão tomados na próxima semana para ajudar a elucidar as causas do acidente. O MP observa o caso com o promotor Fernando Andrade Alves. De acordo com a assessoria, o órgão não investiga o dano ambiental, mas apura prejuízo à comunidade que vive perto da orla marítima. 




Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895