13ª Caminhada das Vitoriosas chama atenção para cuidados da saúde da mama

13ª Caminhada das Vitoriosas chama atenção para cuidados da saúde da mama

Evento promovido pelo Imama-RS ocorreu neste domingo em Porto Alegre

Jéssica Hübler

Participantes espalharam o rosa pela cidade

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A13ª edição da Caminhada das Vitoriosas, promovida pelo Instituto da Mama do Rio Grande do Sul (Imama-RS), marcou o domingo de sol em Porto Alegre. A ação, que visa conscientizar a população sobre a importância da prevenção e luta contra o câncer de mama, teve início no Parque Moinhos de Vento (Parcão), às 9h, com aquecimento e alongamento para os participantes. Por volta das 11h10min, iniciou a caminhada, que teve como destino final o Parque Farroupilha (Redenção).

Através da tradicional Caminhada das Vitoriosas, o Imama-RS pretende chamar a atenção da sociedade gaúcha sobre os cuidados com a saúde da mama, principalmente em Porto Alegre, que é a capital com maior incidência de casos desse tipo, e cujo diagnóstico tardio é o responsável pela alta taxa de mortalidade da doença. Com o tema #PacientesNoControle, o objetivo da campanha do Outubro Rosa de 2017 do Imama-RS é fazer com que o câncer de mama, tanto em mulheres, quanto em homens, seja diagnosticado precocemente, desta forma, aumentando o número de casos curados e reduzindo os índices de mortalidade.

Segundo a nutricionista e vice-presidente do Imama-RS, Maria Beatriz Pellin Moser, é de extrema importância que os pacientes tenham acesso à informação de qualidade para que saibam como e onde buscar tratamento. A recepcionista de consultório médico Gecelina Pachmann da Luz, 76 anos, participa há 8 anos da Caminhada das Vitoriosas e, este ano, estava viajando e ficou com medo de perder a 13ª edição. “Desde que terminei o tratamento, trago meu filho, minha filha, meu genro e meu neto para participar comigo. Eu renasci e sempre marco presença na caminhada”, contou.

Gecelina descobriu o câncer de mama aos 68 anos ao se olhar no espelho e perceber que havia algo diferente no seu mamilo. “Percebi que ele estava com um tom meio roxo e um pouco caído. Quando fui na ginecologista, recebi a notícia e meu mundo parou”, desabafou. Apesar de, no primeiro momento, Gecelina ter sido tomada pelo medo, não baixou a cabeça. “Decidi que ia à luta e não iria perder. Depois de cinco anos de tratamento, recebi a notícia de que estava curada e me tornei uma nova mulher. Sempre havia sido dona de casa, depois do câncer procurei um emprego e trabalho até hoje. Estou mais ativa, mais feliz e cada vez mais agradecida por estar viva”, ressaltou.

A cozinheira Izaura Goulart, 40 anos, participou pela primeira vez da Caminhada das Vitoriosas, para agradecer pela cura e pela vida. Ela descobriu o câncer, mas não de mama, e sim de ovário, em maio de 2016. Sua companheira, Francisca Sousa, 41 anos, colou um recado na camiseta rosa do Imama-RS. “Estou aqui pela vitória e pela vida da Iza”. As duas caminharam do Parcão à Redenção, de mãos dadas, para celebrar a vida, agradecer pela cura e lutar contra o câncer.

“O diagnóstico precoce para mim, é o mais importante. O paciente tem praticamente 100% de chance de cura desta forma. É preciso estar atento aos sintomas, fazer os exames e encarar com força. Quem procura acha, mas nesse caso é melhor a gente achar do que deixar escondido e a coisa piorar”, enfatizou Izaura. Após 8 meses de tratamento, ela diz que é a prova viva de que a cura existe. “Também tive medo e passei pela fase da negação, mas busquei o diagnóstico e encarei o câncer com força. Esta luta eu venci”, comemorou.

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