13º salário aumenta a presença de consumidores no comércio de Porto Alegre

13º salário aumenta a presença de consumidores no comércio de Porto Alegre

Nas lojas, clientes são orientados sobre o uso do álcool em gel

Cláudio Isaías

Pagamento da primeira parcela do 13º salário fez aumentar a presença de consumidores no comércio de Porto Alegre

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A presença de clientes no comércio das ruas dos Andradas, Doutor Flores, Otávio Rocha e Marechal Floriano Peixoto e nas avenidas Salgado Filho, no Centro Histórico, e na avenida Azenha, se intensificou nos últimos dias por conta dos decretos municipais que permitiram o acesso dos consumidores aos estabelecimentos desde que obedecidas as regras de segurança.

No entanto, na manhã desta terça-feira, muita gente, até em função do pagamento da primeira parcela do 13º salário, no dia 30 de novembro, estava conferindo as promoções e queima de estoques promovida pelos varejistas. Redes como Americanas, Renner, Casas Maria, Marisa, Magazine Luiza e Lojas Colombo são os locais favoritos dos consumidores.

A dona de casa Sandra Vasconcelos, que estava com as filhas Mariana e Paula, disse que pretendia visitar diversas lojas para comprar roupas e sapatos, além de realizar o pagamento de uma conta. Quem circulou pela região do Centro estava usando máscara e protetor facial. Porém, existem pessoas que insistem em usar de forma errada, o Equipamento de Proteção Individual (EPI) ou toram para fumar um cigarro ou para falar ao telefone celular.

Nas lojas, os consumidores são orientados sobre o uso do álcool em gel. Uma funcionária de uma loja de calçados, na rua da Praia, que pediu para não ser identificada, afirmou que muita gente vem ao Centro apenas para passear ou entrar nas lojas para ver os produtos. "Nada é comprado. Na realidade, têm pessoas que estão pelo passeio", ressaltou.

Na rua Voluntários da Pátria, um dos locais que chama a atenção pelas aglomerações, principalmente entre a Praça Parobé, ao lado Mercado Público, a circulação de pedestres estava intensa. Tanto nas ruas dos Andradas quanto na Voluntários da Pátria as calçadas estavam lotadas e era preciso desviar dos carregadores de mercadorias e vendedores que abordava o público que passava.

Na avenida Assis Brasil, uma das principais vias de circulação e de comércio da Capital, os serviços mais procurados na região são os das agências bancárias e lotéricas, supermercados e minimercados. Nas filas, os clientes são orientados por funcionários que informam sobre o uso da máscara e de usar o álcool em gel.

O decreto da prefeitura estabeleceu regras para o funcionamento das lojas de rua, shoppings center e centros comerciais. Os estabelecimentos devem funcionar com equipes reduzidas e com restrição ao número de clientes concomitantemente, como forma de controle da aglomeração de pessoas. A lotação não poderá exceder a 50% da capacidade máxima prevista no alvará de funcionamento ou de proteção e prevenção contra incêndio.

Para tentar frear contaminação, entidades lançaram uma carta aberta para mobilizar população e os órgãos de segurança. No documento, o Sindha, o Sindilojas, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL/POA), o Sescon, o Sinepe e o Secovi em comum acordo, e pactuados com a prefeitura de Porto Alegre, os empresários querem uma forte mobilização a fim de evitar a disseminação da Covid-19.

A carta, onde o tom de conscientização é enérgico, é feito o pedido para que sejam evitados todos os tipos de encontros sociais e aglomerações, bem como outras orientações. O documento também é direcionado ao Ministério Público gaúcho, a Brigada Militar, a Guarda Municipal e a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico para que fiscalizem e apliquem punições à população e aos estabelecimentos que descumprirem os protocolos de segurança.

O documento solicita que as pessoas evitem encontros sociais e aglomerações. "O isolamento social ainda é nosso maior trunfo contra esse vírus ainda sem cura. Use máscara cobrindo totalmente nariz e boca, e oriente as pessoas mais próximas a fazerem o mesmo".

Além disso, a carta orienta sobre a importância da higienização das mãos com álcool em gel a todo momento e sempre lavar com água e sabão sempre que tiver acesso. O documento diz que seja evitado espaços com grandes aglomerações e que a população não organize qualquer tipo de situação envolvendo um grande número de pessoas.


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