Ação nas redes sociais defende pluralidade da família

Ação nas redes sociais defende pluralidade da família

Mensagens condenaram projeto de lei que restringe conceito à união de homem e mulher

Jéssica Mello

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Uma ação nas redes sociais, na tarde desta terça-feira, defendeu a pluralidade das famílias brasileiras. Os posts chamavam a atenção para a composição familiar atual, contrariando o Projeto de Lei 6.583/2013, denominado Estatuto da Família, que restringe o conceito à união entre um homem e uma mulher, desconsiderando as relações homoafetivas e famílias adotivas. O PL proposto pelo deputado federal Anderson Ferreira em 2013, foi arquivado em 2014. Neste ano, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, autorizou a criação de uma comissão especial para tratar do assunto.

A mobilização online foi proposta pela Associação Nacional de Grupos de Apoio à Adoção (ANGAAD) e o Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM). No início da tarde, a hashtag #emdefesadetodasasfamílias ficou no sexto lugar entre os trending topics do Brasil (assuntos mais comentados no Twitter), com diversas publicações compostas de frases e fotos de famílias brasileiras.

De acordo com a presidente da Comissão Nacional de Direito Homoafetivo do IBDFAM, Patrícia Gorisch, o ato foi programado três dias antes para alertar a população sobre o projeto e coletar assinaturas em uma petição online para levar à Câmara, a fim de impedir o desarquivamento. Nesse período, mais de 1,7 mil assinaturas foram coletadas.

“A aprovação desse PL seria como voltar ao antigo código civil de 1916. É hipocrisia pensar que uma criança deixada em um abrigo por um casal heterossexual não pode ser amada por um casal homossexual”, defende Patrícia. O projeto define “entidade familiar como o núcleo social formado a partir da união entre um homem e uma mulher, por meio de casamento ou união estável, ou ainda por comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes”.

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