Academias recuperam fôlego após flexibilizações em Porto Alegre

Academias recuperam fôlego após flexibilizações em Porto Alegre

Mesmo com redução na capacidade de funcionamento, negócios registram boa procura de clientes

Gabriel Guedes

Mesmo com redução na capacidade de funcionamento, negócios registram boa procura de clientes

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As academias, estúdios, boxes e escolas de artes marciais estão funcionando desde agosto, mas com menor quantidade de restrições a horários de abertura desde a primeira quinzena do mês passado. Passado este período, os empresários do ramo têm respirado mais aliviados, por causa da sensação de quase normalidade. No entanto, lembram que ainda há espaço para recuperar clientes. Em alguns dos estabelecimentos, mesmo com a redução de quase 50% da capacidade de funcionamento, ainda sobra vagas em turmas de praticantes de atividade física.

Em um box de crossfit no bairro Bom Fim, o número de inscritos cresceu 375%. “Nestes três meses abrimos a box com 40 alunos e estamos chegando a 190 alunos. Então o crescimento e a procura está muito boa. Pessoal conseguiu sair de casa, está buscando mais exercício físico, se movimentar”, comemorou o proprietário, Jonny Andreus Bianchi. É uma boa notícia, em meio a um ano que pode ser considerado um desastre para o segmento. Segundo a Associação das Academias Gaúchas Unidas (AAGU), 3.758 academias existentes no Estado, pelo menos 30% decidiram encerrar as atividades.

No box do Bianchi, são permitidos 18 alunos simultaneamente, além das exigências de uso da máscara e das normas de higiene e material utilizado. Já no estúdio da Ana Paula Marroni, no bairro Jardim Botânico, o atendimento que antes era prestado a até oito pessoas ao mesmo tempo, hoje pode ser no máximo quatro. Ainda assim, ela revela que não tem conseguido preencher todas as turmas. “Voltei a funcionar no início de setembro, na segunda abertura. A cada mês tenho observado um crescimento. Claro, ainda não voltou normal. Algumas pessoas seguem só no treino on-line. Tenho turmas que não estão totalmente preenchidas. E tenho hoje 50% das turmas que eu tinha”, relatou.

Chegar ao final do ano de 2020 com o espaço aberto, é considerado uma vitória por Ana Paula, que tem o estúdio há 9 anos. “Ficamos março, abril e maio fechados. Voltamos em junho, depois fechamos algumas vezes de novo. Foram uns 4 meses sem funcionar. Nunca tinha fechado as portas. Foi muito difícil manter a equipe”, contou. Com espaço para atender ainda mais clientes, a proprietária salienta a necessidade das pessoas se exercitarem com segurança, além de ser uma das formas de evitar outros problemas em decorrência da pandemia. “Estamos trabalhando com todos os cuidados, com os protocolos de distanciamento. Em casa, há pessoas que estão entrando em depressão, engordando, adquirindo outras doenças que não a Covid-19. Então, as pessoas estão percebendo que é uma questão de saúde.”, concluiu. 


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