Acendimento do Fogo Simbólico da Pátria celebra os 200 anos da Independência

Acendimento do Fogo Simbólico da Pátria celebra os 200 anos da Independência

Centelha chegou e foi acesa junto ao Monumento ao Expedicionário, no Parque Farroupilha, em Porto Alegre

Correio do Povo

General de Exército Fernando José Sant’Ana Soares e Silva, do Comando Militar do Sul, recebe a pira

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Depois de percorrer o estado e retornar ao Paço Municipal, em Porto Alegre, o Fogo Simbólico da Pátria chegou, na manhã desta quinta-feira, no Parque Farroupilha (Redenção). A tradicional solenidade de acendimento da chama junto ao Monumento ao Expedicionário marcou a abertura da Semana da Pátria no Rio Grande do SUl, em um ano diferenciado: comemoração do Bicentenário da Independência do Brasil.

A pira foi conduzida até a Redenção por atletas da Brigada Militar e da Liga da Defesa Nacional (LDN), entidade cívico cultural presidida pelo coronel Marco Dangui Pinheiro. “No dia 7 de setembro, o Fogo Simbólico da Pátria acenderá uma centelha para o Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), que dará origem à Chama Crioula, repetindo o gesto de Paixão Côrtes, Cyro Ferreira e Fernando Machado Vieira que, em 1947, então jovens estudantes do Colégio Júlio de Castilhos, iniciaram esta tradição”, discursou o coronel, após contextualizar a história do rito. “A alma de uma Nação é o espírito patriótico de seu povo”, concluiu o presidente da Liga.

A marca de um país que se tornou independente há dois séculos foi destacada pelo general de Exército Fernando José Sant’Ana Soares e Silva, atualmente à frente do Comando Militar do Sul (CMS). “Nossa sociedade traça seus rumos e, assim, continuará sendo, para sempre, mesmo que tenhamos que verter sangue para tal”, afirmou. Segundo o general Soares, A efeméride é especial não só para os militares, mas para todos os brasileiros. “O primeiro conceito contido na nossa Constituição, inciso 1 do artigo primeiro, é a soberania. Que continuemos soberanos para toda a eternidade”, ressaltou o comandante do CMS.

O chefe da Casa Militar do RS e coordenador estadual de Proteção e Defesa Civil, coronel Júlio César Rocha Lopes, representou o governador Ranolfo Vieira Júnior, e o secretário da Segurança de Porto Alegre, coronel Mário Ikeda, participou do evento em nome do prefeito Sebastião Melo. A pira permanecerá em vigília para visitação pública até o Dia da Independência, próxima quarta-feira, quando será extinta.

História

O Fogo Simbólico da Pátria surgiu em 1937, no Rio Grande do Sul, quando um grupo de patriotas procurava um símbolo para representar o patriotismo do povo brasileiro. Assim, surgiu a ideia do Fogo, companheiro do homem desde a pré-história. Aprovada a ideia, foi decidido que o símbolo receberia a denominação de Fogo Simbólico da Pátria e deveria realizar uma peregrinação cívica.

A LDN, criada pelo poeta Olavo Bilac, se juntou aos idealizadores e criou a corrida da chama, que ocorreu pela primeira vez em 1938, em um percurso de 26 km entre as cidades de Viamão e Porto Alegre.


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