Acidente com grupo que praticava rapel não afasta turismo de Maquiné
Integrantes foram atacados por um enxame de abelhas, duas pessoas acabaram morrendo
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A tragédia completa um ano neste domingo e permanece na memória de muita gente, por exemplo, de Wiliam Espíndola, gerente do Refúgio Verde, pousada onde o grupo estava hospedado. “Foi um fim de semana atípico. Muita desinformação e apreensão”, recorda. Naquela manhã de domingo, o agricultor e guia Adelino Fagundes e um familiar de Roberto Schuster, responsável pelo passeio, decidiram verificar o que havia acontecido. Apenas próximo às 8h, é que eles encontraram os dois integrantes que saíram em busca de ajuda.
A partir disso, a sucessão dos acontecimentos foi intensa, assim como as informações desencontradas, como lembra o comandante do Batalhão de Aviação da BM, major Danúbio Lisboa, que era o piloto da aeronave que atuou no resgate. “Fomos acionados por volta das 9h30min para atender a uma ocorrência de pessoas picadas por abelhas. Quando nos deslocávamos, chegou outra informação de que algumas pessoas haviam caído de grande altura em função do ataque. Naquele momento, tudo mudou”, recorda Lisboa. A equipe precisou retornar à base e pegar outros equipamentos.
O segundo desencontro de informações foi sobre o local. “Em busca da localização exata do grupo, encontramos o Adelino, que nos guiou no primeiro sobrevoo. Foi neste momento que tivemos dimensão da situação completa”, recorda o major Lisboa.
Mas apesar da angústia e do perigo, o salvamento foi exitoso dos feridos. O médico Roberto Schuster, de 74 anos, teve o resgate mais delicado, pois havia fraturado a perna. Atualmente recuperado, ele voltou a praticar rapel. O seu sobrenome dá nome ao grupo que havia organizado a expedição. Assim como ele, João Batista Moreira Dias também voltou ao esporte radical. Sobreviveram ainda Maicon Silva da Silva, Luciano de Souza e Flavio Rodrigo Rosa Lopes. Apesar do acidente, muitas pessoas continuam visitando a cidade.