Administração do Hospital da Restinga deve passar para o poder público

Administração do Hospital da Restinga deve passar para o poder público

Proposta foi apresentada pelo Sindicato dos Enfermeiros do Rio Grande do Sul

Cláudio Isaías

Nenhum representante da diretoria do hospital participou do encontro

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A gestão administrativa do Hospital da Restinga, na zona Sul de Porto Alegre, deve ser assumida pelos governos federal, estadual ou municipal e a contratação dos trabalhadores, via concurso público, deve ser feita pela prefeitura de Porto Alegre.

A proposta foi apresentada pelo presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Rio Grande do Sul, Estevão Finger, que participou da reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Municipal de Porto Alegre que trataria da apresentação do relatório de prestação de contas do Hospital Moinhos de Vento (HMV), atual mantenedor do Hospital da Restinga. No entanto, nenhum representante da diretoria do Moinhos de Vento participou do encontro.

A ideia, segundo o vereador Thiago Duarte, é que durante o encontro fosse apresentado os demonstrativos de movimentos financeiros e econômicos de todo o período do convênio. Finger afirmou que os serviços do hospital precisam ser assumidos pelo poder público municipal ou estadual. "Chega de Parcerias Público Privadas na área da saúde", ressaltou.

Inaugurado em julho de 2014, o hospital tinha a previsão de atender a uma população de 110 mil moradores dos bairros Restinga, Lageado, Lami, Belém Novo, Ponta Grossa e Chapéu do Sol, todos na zona Sul da cidade. A construção do hospital foi resultado de uma parceria público-privada em que o Hospital Moinhos de Vento investiu recursos de renúncia fiscal na obra, ficando com a gestão do complexo.

O projeto do Hospital Restinga Extremo Sul foi apresentado e incluído no Programa de Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), em 2009. O programa é uma iniciativa do Ministério da Saúde cujo objetivo é qualificar o Sistema Único de Saúde (SUS). Inicialmente, o hospital começou a operar com 87 leitos, com o projeto de chegar a 170 leitos quando estivesse funcionando plenamente. Parte do projeto envolvia uma escola de gestão em saúde, responsável por formar e qualificar recursos humanos, desenvolver pesquisas e monitorar indicadores de desempenho.

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