Advogado de ferida por queda de marquise cobra auxílio da prefeitura

O advogado da família de Marla Graziela dos Reis, jovem de 23 anos que ficou ferida após o desabamento de uma marquise em Capão da Canoa, acredita que a prefeitura teve responsabilidade no episódio. Segundo Cristiano de Souza Rodrigues, faltou fiscalização do Executivo. "Existe todo um procedimento que a prefeitura não vem seguindo", denunciou. Segundo ele, o município não era obrigado a aceitar o laudo apresentado pelo condomínio, que atestava a segurança do local. O acidente ocorreu no dia 17 de fevereiro. Marla permanece internada em coma no Hospital de Clínicas, em Porto Alegre.

De acordo com o advogado, três parentes de Marla, que acompanham a situação da jovem na Capital, necessitam de apoio para custear alimentação e passagens para sua cidade de origem, Santo Ângelo. Ele disse que a família está "em estado de penúria". Como ele considera que o município teve responsabilidades no caso, cobra do Executivo um auxílio para os familiares. "Poderiam conseguir pelo menos umas cestas básicas. Não estamos sentindo nenhum tipo de prestação de serviço", afirmou.

O procurador do município, Luiz Viterbo da Rosa, informou que foi procurado pelo advogado e que o auxílio aos familiares da vítima está em estudo. "Vamos ver o que é possível fazer dentro do orçamento e do ordenamento jurídico", explicou. De acordo com ele, trata-se de uma questão "mais de humanidade do que reconhecimento de culpa". Rosa acrescentou que não há nenhuma ação judicial em andamento.

O incidente ocorreu no último dia 17. Marla foi transferida para Porto Alegre na mesma noite. A Associação dos Veranistas e Moradores de Capão da Canoa pede mudanças no Plano Diretor da cidade. A prefeitura mantém o local interditado.