Advogados seguem tentando acordo para impasse em terreno na Cavalhada
Reintegração de posse será analisada nesta terça-feira
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Os ocupantes da área na Cavalhada fazem parte de um universo de mais de 1,7 mil famílias que foram deslocadas das margens do arroio Cavalhada, ainda em 2007, a fim de permitir as obras do Programa Integrado Socioambiental (Pisa). As casas prometidas, no entanto, ainda não ficaram prontas: apenas 50 delas foram entregues, sendo que os demais moradores aceitaram o benefício do aluguel social ou o bônus moradia (para compra temporária de uma casa, no valor de R$ 52 mil) até a finalização das residências permanentes. No entanto, nem todos aceitaram as alternativas oferecidas pela prefeitura: os ocupantes do terreno na zona Sul, por exemplo, defendem outra solução e, com o apoio da Defensoria Pública, querem uma alternativa para o impasse. Até mesmo a compra do terreno foi cogitada pelos membros da invasão, que garantem que não sabiam que a área havia sido adquirida pela Melnick Even.
O governo do Estado, junto com a União, acenou com a possibilidade de incluir os moradores em listagens de programas de moradia popular, a exemplo do ‘Minha Casa, Minha Vida’. A prefeitura esclarece que todas as famílias terão direito ao benefício do aluguel social até que as casas do Programa Integrado Socioambiental (Pisa) sejam entregues aos beneficiados. A empreiteira Melnick Even se limita a afirmar que espera a reintegração de posse e que, inclusive, pode auxiliar com caminhões e funcionários durante o procedimento dos moradores do local.
Os líderes da ocupação dizem que os R$ 500 do aluguel social não resolvem, isoladamente, o problema de moradia das famílias. Eles garantem que as imobiliárias da cidade possuem exigências muito rígidas, e que os moradores não conseguem atendê-las, mesmo possuindo a verba do aluguel social. Elementos como fiadores e necessidade de renda elevada estão entre os dificultadores para a locação de um imóvel.