Aedes aegypti se adapta aos 2,6 mil metros de altitude na Bolívia

Aedes aegypti se adapta aos 2,6 mil metros de altitude na Bolívia

Mosquito ainda não pode transmitir zika, dengue ou chikungunya

AFP

Aedes aegypti está se adaptando aos 2.600 metros de altitude na Bolívia

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O mosquito Aedes aegypti está se adaptando aos 2,6 mil metros sobre o nível do Bolívia, embora a esta altitude ainda não transmita doenças como zika, dengue e chikungunya. A informação é de uma autoridade do serviço de saúde, citada nesta sexta-feira por um jornal local.

"Subiu dos 2,2 mil metros sobre o nível do mar, onde vivia antes, e está se adaptando aos 2,6 mil", afirmou o chefe de Epidemiologia do Serviço Departamental de Saúde (SEDES) de La Paz, Jhonny Ayllón, citado pelo jornal Página Siete. É por isso que o vetor foi encontrado, por exemplo, em povoados do departamento de Cochabamba, nos vales subandinos do centro da Bolívia e de clima temperado, justamente a 2,6 mil metros de altitude, embora ali não tenham sido registrados casos de zika, dengue ou chikungunya.

A Bolívia reportou até agora cinco casos de zika, entre eles o de um menino de cinco anos e de uma mulher grávida, e todos foram submetidos a tratamento médico. Além disso, registrou 240 casos de dengue e outros 400 de chikungunya, segundo dados do estatal Centro Nacional de Doenças Tropicais (Cenetrop).

O diretor de Epidemiologia, Ayllón, explicou que "o mosquito ainda está se acostumando a este ambiente. Provavelmente, consiga se adaptar bem e, então, começará a transmissão. Este é o temor dos epidemiologistas".

Ele contou que na quarta-feira passada houve uma reunião em uma cidade do centro do país entre diretores de epidemiologia dos nove departamentos da Bolívia, onde foram conhecidas informações sobre o mosquito transmissor, assim como as ações adotadas para evitar maior propagação das três doenças.

O mosquito Aedes foi reportado sobretudo em departamentos de planícies e na Amazônia bolivianas, entre 400 e mil metros acima do nível do mar. O governo também realiza com prefeituras e governos estaduais campanhas de fumigação de possíveis criadouros. 

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