Agências de relacionamento tentam ajudar na busca por um grande amor

Agências de relacionamento tentam ajudar na busca por um grande amor

No Dia dos Namorados, a procura por esse tipo de serviços aumentou de 35% a 40%

Karina Reif / Correio do Povo

Gaúcha e espanhol se encontraram por meio de um aplicativo

publicidade

Se os opostos se atraem, as diferenças não são garantia de manutenção das relações. Na opinião da proprietária de uma assessoria afetiva de Porto Alegre, Maria Conceição Soares, responsável por unir diversos de casais há mais de dez anos, essa máxima só garante brigas. “Trabalhamos buscando perfis com compatibilidade”, afirma. Às vésperas do Dia dos Namorados, a procura por seus serviços aumenta de 35% a 40%. Sinal de que nesta quinta-feira, em que se comemora a data dos apaixonados no Brasil, boa parte dos solteiros quer ter alguém para jantar, trocar presentes e também compartilhar a vida.

Leia também: Além das afinidades, as diferenças são importantes para um namoro

“Meu público não quer ser só. Cansou de ficar. Nos procuram pessoas de 23 anos em diante”, comenta. Segundo Maria, o segredo para encontrar o par ideal é buscar as afinidades. “Procuramos saber os gostos da pessoa”, conta. Para casar esses interesses afins, é aplicada uma técnica, com a ajuda de avaliação psicológica, entrevistas e formulários.

Somente na assessoria de Maria Conceição, há um banco de dados com 4 mil fichas. A assessoria faz uma seleção de possíveis casais e as informações são apresentadas primeiro para a mulher. Se ela aprovar o escolhido pelos profissionais, o homem é chamado para ver e, se houver compatibilidade, é marcado o primeiro encontro. O contrato com a empresa custa em torno de R$ 1 mil e garante a consultoria por dois anos. Nem sempre os casais dão certo. Não há regra. Quando os dois não engatam um namoro, a busca recomeça no cadastro. “Já tivemos amor a primeira vista e outros que demoraram mais”, ressalta.

Com o mesmo objetivo, os sites especializados em relacionamentos também unem pessoas com gostos e ambições semelhantes. A gaúcha Aletéa Hickel Schröder, 34 anos, que mora em Madri há mais de dez anos, diz que o amor pelo namorado, o economista espanhol Hernando Lacave, 32, foi à primeira vista. Ambos se conheceram através de um aplicativo que, segundo ela, funcionou como um filtro. O casal, junto há um ano, encontrou afinidades e gostos parecidos, que ajudaram a manter a relação. “Gostamos de passear de bicicleta, fazer piquenique nos parques de Madri, fazer excursões, restaurar móveis e plantar no nosso mini jardim”, conta a administradora. A história que começou virtualmente agora deve evoluir para algo mais sério, já que os dois estão planejando morar juntos. Apesar das diferenças de cultura e de personalidade, a união tem tudo para dar certo.

As redes sociais também são ferramentas

A soldado da Brigada Militar Liliane Pedroso Senna, 26 anos, usou o Facebook como ferramenta para encontrar um namorado do jeito que ela queria. Através do perfil de um amigo, conheceu o autônomo Luiz Fernando Müller, 33. Eles trocaram muitas mensagens antes do primeiro encontro. O que serviu para verificarem se tinham algo incomum e se valia a pena começar um relacionamento.

Uma das coisas que gostam é de que ficar em casa. Na opinião de Müller, a semelhança de gênios é muito importante para o sucesso do namoro, que já dura seis meses. “Se os dois não são caseiros, algum sempre terá que ceder”, explica. No caso deles, não há motivo para brigar, porque ambos curtem aproveitar as paisagens de Porto Alegre, quando o autônomo vem à Capital para visitar a policial militar, em serviço na cidade. Outra coisa que gostam de fazer juntos é tomar um chimarrão.

Os mesmos interesses também uniram o segurança Roger Pereira, 33 anos, e a estudante Bruna Oliveira, 20, que estão iniciando a relação. “A gente se entende. Ela ri das coisas que falo”, observa ele, lembrando que os dois gostam de assuntos divertidos.  



Bookmark and Share

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895