Agentes da Saúde orientam moradores do bairro Tristeza sobre raiva em morcegos

Agentes da Saúde orientam moradores do bairro Tristeza sobre raiva em morcegos

Equipe também fiscaliza se animais domésticos estão com vacinação contra raiva em dia

Taís Teixeira

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A Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre (SMS) reuniu agentes de combate à endemias e agente comunitário de saúde para orientar os moradores do bairro Tristeza sobre a raiva em morcegos. Em novembro, um desses animais foi capturado no bairro, próximo à esquina da avenida Copacabana e da rua Sargento Nicolau de Farias, e estava contaminado pela doença, que é fatal. A ação ocorreu nesta quinta-feira e foi prevista para dois turnos, num raio de 300 metros a partir do local onde um morcego foi encontrado.

A atividade foi coordenada pela agente de combate às endemias, Raquel Ribeiro, que enfatizou que um morcego com raiva fica desorientado, com dificuldade de voo e pode atacar animais, como cachorros e gatos, e também pessoas, sendo essa uma das formas que acontece o contágio. “A transmissão é viral e ocorre por meio de contato com a saliva”, destaca.

Outra forma de contágio é quando os animais domésticos, que têm hábitos de caça, podem entrar em contato com morcegos contaminados, e contrair a doença. Por isso, além de fornecer informações para a população local, a vacinação contra a raiva nos animais domésticos também é fiscalizada. “Estamos conferindo as carteirinhas de vacinação contra a raiva dos animais, pois essa imunização é anual é muito importante para combater a propagação dessa doença”,reforça.

A ocorrência de morcegos com raiva mostra que o vírus está circulando na cidade. Este monitoramento é importante também para prevenir que cães e gatos sejam contaminados e, consequentemente, para que não haja transmissão para humanos, e também conscientizar que os tutores de cães e gatos vacinem os animais contra a raiva uma vez por ano, reduzindo os riscos.

Entre as orientações divulgadas, estão a de não tocar nos animais que eventualmente adentrem as edificações ou apareçam caídos no chão. Neste caso, a recomendação, se possível, é imobilizar o animal, jogando um pano ou caixa emborcada para baixo, de modo a mantê-lo preso. Em seguida, entrar em contato com o serviço 156, que enviará equipe para retirar o animal e encaminhá-lo para exame laboratorial de raiva e identificação da espécie. Se o animal estiver voando normalmente, mas dentro de casa, a recomendação é abrir janelas e apagar as luzes, para facilitar a saída.

Esse não foi o único caso de morcego com raiva em Porto Alegre neste ano. No segundo semestre, foram encontrados dois animais com raiva, um no bairro Teresópolis e outro no Bom Fim. Caso haja contato com o animal contaminado, limpe bem o local com água e sabão e procure o posto de saúde.

A prefeitura trata o tema “morcegos” com dois setores. Informações sobre colônias do animal e orientação para desalojá-las estão disponíveis na Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Smamus), no setor de fauna silvestre. Já morcegos encontrados com comportamento compatível com a infecção pela raiva (caído no chão ou pendurado em objetos durante o dia) devem ser notificados para a SMS à Equipe de Vigilância de Antropozoonoses (Evantropo), via Serviço 156, durante as 24 horas, ou pelo telefone 3289-2459, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h. A Evantropo também deve ser notificada quando o morcego tiver contato com uma pessoa ou animal. 


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