Agentes são feitos reféns durante rebelião no Paraná

Agentes são feitos reféns durante rebelião no Paraná

Doze policiais e 160 presos foram ameaçados no telhado da penitenciária

AE

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A polícia retomou as negociações para colocar fim a rebelião na Penitenciária Industrial de Guarapuava, na região
centro-sul do Paraná, na manhã desta terça-feira. Os 80 presos que lideram o movimento mantêm 12 agentes penitenciários como reféns e outros 160 presos - a maioria por crimes sexuais - no telhado da penitenciária, de onde ameaçam jogá-los caso não sejam atendidas suas reivindicações, que ainda não foram divulgadas.

Um agente do Batalhão de Operações Especiais (Bope) chegou de Curitiba na noite dessa segunda-feira,e iniciou a discussão com os presos, acompanhados da juíza da Vara de Execuções Penais (VEP) de Cascavel, Patrícia Roque Carbonieri, além de policiais civis e militares. Essa é a 21ª rebelião em penitenciárias no Estado desde o final do ano passado.

Desde o começo do motim, dois presos foram jogados de cima do telhado da cadeia, um deles sofreu uma fratura e outro traumatismo craniano. Além deles, seis se jogaram do telhado com medo de represálias dos líderes do motim; todos foram atendidos por médicos que acompanhavam a rebelião. Um agente penitenciário chegou a ser queimado com cola e foi liberado para ser atendido pelos médicos.

Existe a suspeita, não confirmada, de que a rebelião possa estar ligada às transferências de lideranças do PCC recentemente levadas do presídio de Cascavel, onde lideraram um motim, para Guarapuava.  Segundo o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná, Antony Jhonson, a situação está tensa no local e merece toda a atenção. "Nós cobramos do governo melhores condições de trabalho para os agentes, iríamos fazer uma greve, mas o
governo conseguiu uma liminar que evitou o nosso protesto", disse.

Essa é a primeira rebelião em Guarapuava desde sua inauguração, há 15 anos. O local é considerado modelo, pois no presídio há trabalho e estudo.


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