Além do metrô, Dilma anunciará mais seis obras para o RS

Além do metrô, Dilma anunciará mais seis obras para o RS

Presidente confirmou recursos da União e financiamento subsidiado para investimento em Porto Alegre

Flávia Bemfica / Correio do Povo

Presidente anunciará quatro corredores de ônibus na Região Metropolitana

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A presidente Dilma Rousseff (PT), que desembarcou na tarde desta sexta-feira em Porto Alegre, vai anunciar neste sábado mais do que os R$ 3,5 bilhões em recursos do poder público para viabilizar o metrô na Capital. Um pacote com mais seis investimentos no Estado serão divulgados neste fim de semana. Entre eles, a construção de quatro corredores de ônibus para trajetos intermunicipais na Região Metropolitana.

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"Vamos anunciar também os corredores de ônibus", confirmou Dilma, em entrevista coletiva. Será construído um corredor na avenida Protásio Alves, em Porto Alegre, entre a avenida Saturnino de Brito e o Caminho do Meio, com instalação de faixa exclusiva à direita; e sua extensão, na divisa de Porto Alegre e Viamão; o corredor de ônibus com faixa exclusiva na avenida Frederico Dihl, em Alvorada; e o corredor de ônibus na Estrada do Conde, entre Eldorado do Sul e Guaíba.

 O “pacote de bondades” do governo federal para o Estado na área da mobilidade urbana contará com investimento do poder público de aproximadamente mais R$ 200 milhões, sendo metade a fundo perdido e metade de financiamentos.

Com isso, o montante a ser anunciado como da União, sem necessidade de devolução, ficará ainda mais próximo do patamar dos R$ 2 bilhões. De acordo com o secretário estadual do Planejamento, João Motta, as obras foram definitivamente incluídas no anúncio após o governo do Estado ter aumentado para R$ 1 bilhão sua participação no investimento do metrô, com recursos a serem obtidos via financiamento.

O custo do metrô, de acordo com Dilma, é de R$ 4,8 bilhões e o maior valor deverá ser subsidiado pelo governo federal. “Darei os recursos ao metrô. Nós vamos colocar dinheiro do orçamento geral da União e financiamento com juro subsidiário. O governo federal vai entrar com R$ 3,54 bilhões. Desse montante, a metade, R$ 1,7 bilhão é de financiamento, que 61% será tomado pelo Estado e 39% pela prefeitura”, explicou.

Outras obras

A presidente vai anunciar ainda a disponibilização de recursos para a contratação de dois projetos. Serão R$ 5 milhões para a contratação do projeto da chamada Perimetral Metropolitana, que prevê intervenções na zona Norte de Porto Alegre, em Viamão e Alvorada; outro R$ 1 milhão para a contratação do projeto de ampliação da entrada da Capital pela avenida Castelo Branco.

Ainda está em avaliação nesta sexta-feira se a presidente deve fazer referência ao projeto da segunda fase do aeromóvel em Canoas, que é uma reivindicação forte da região Metropolitana, porque tem por objetivo utilizá-lo para o transporte em massa de passageiros. A obra completa tem custo estimado de cerca de R$ 500 milhões e o sonho do prefeito de Canoas, Jairo Jorge (PT), é de que saia do papel em 2014. Mas a avaliação do governo do Estado é de que o mais indicado é "deixar baixar a poeira do metrô de Porto Alegre" e pleitear os recursos na segunda fase de liberação do PAC Mobilidade Urbana.

Eleições

Aliança da ex-senadora Marina Silva com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, não foi comentada por Dilma. Ela disse que tem que ser preocupar em governar o País e que a eleição ocorre somente no ano que vem. “Respeito todas as pessoas que foram concorrer à presidência da República, porque acho que como cidadãos têm absoluta legitimidade para isso. Quando fui escolhida, ganhei um mandato de quatro anos e é essa minha prioridade”, afirmou.

“Todos nós sabemos que oscilações são naturais no cenário eleitoral e não poso ficar me preocupando com isso. Tenho a obrigação de cuidar do governo, pois fui eleita para isso. Se ficar pensando na próxima eleição, daí não governo”, acrescentou.

Os investimentos na saúde foram defendidos durante a coletiva. Para Dilma, a criação de Unidades de Pronto-Atendimento (UPA) foi importante para reduzir a demanda dos hospitais. “Hoje tem um posto de saúde, uma unidade de atendimento e urgência e o hospital. Ligando isso tem o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Primeiro, a pessoa procura o posto de saúde, onde 80% dos casos são resolvidos. Se for algo de maior complexidade, vai para a unidade de pronto-atendimento. Acho que precisa de mais recursos para a chamada média complexidade e, principalmente, de mais médicos”, completou.


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