AL debate solução para falta d'água na Lomba do Pinheiro, sem representante da prefeitura

A falta de água na Lomba do Pinheiro virou pauta na Assembleia Legislativa (AL) do Rio Grande do Sul, nesta segunda-feira. O problema recorrente, que já gerou protestos dos moradores com fechamento de ruas no bairro no início do ano foi debatido em uma audiência pública, organizada pela Comissão Defesa do Consumidor e Participação Legislativa Popular da Casa. Durante o encontro, que ocorreu nesta segunda-feira no Centro de Promoção da Criança e do Adolescente, localizado na Lomba do Pinheiro, foram ouvidas as propostas da comunidade e as reclamações dos moradores. Porém, apenas os deputados escutaram as queixas e propostas dos moradores do bairro da zona leste da cidade, já que a prefeitura não enviou nenhum representante.

Uma das falas foi do morador da Lomba do Pinheiro e ex-diretor do Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE), Adinaldo Soares de Fraga. Em sua explanação, ele apresentou uma série de projetos de obras, os quais acredita que podem resolver o problema de forma mais rápida do que a construção de uma nova estação de tratamento.

Em janeiro, o engenheiro do DMAE, Darcy Nunes, defendeu a obra como solução definitiva para o problema de falta d’água no bairro. Na avaliação de Fraga, existem outras medidas que podem atenuar o problema, como obras de integração do sistema. Na audiência pública, ele apresentou as medidas que achava viáveis, entretanto, apenas os deputados presentes e moradores do bairro ouviram. Entre eles estava Mateus Wespp (PSDB), que era apresentado pelos presentes como o representante do governo. Entretanto, ao ser questionado pela reportagem, o parlamentar afirmou que representava “a Comissão”, mas que defenderia “pontos que acredito que são iguais ao da prefeitura.”

Representante da Lomba do Pinheiro no Conselho do Plano Diretor, Maristela Mafei, mostra ainda ter esperança de ser recebida pelo governo de Porto Alegre. De acordo com Maristela, já há empresários dispostos a contribuir com as obras. “Nós temos proposta, inclusive com empreendedores que se dispõem a fazer contrapartidas, apresentamos isso para a prefeitura e não estamos sendo ouvidos. Não estamos fazendo aqui qualquer coisa para fazer uma oposição de forma irresponsável, estamos fazendo uma polícia responsável a apresentando propostas.”

Sem a presença de representantes da prefeitura, o caso agora será debatido na Assembleia Legislativa, como explica o deputado Edegar Pretto (PT), que convocou a reunião desta segunda-feira. “Nós vamos, em nome da Comissão gerar um documento e vamos em nome da assembleia pedir uma audiência com o prefeito junto com a direção do DEMAE”, ele classifica como “obrigação” tentar audiência com o prefeito Nelson Marchezan Júnior. Além da conversa com o governo porto alegrense, também será encaminhado um relatório para o Ministério Público sobre o problema.

Procurada, a prefeitura não explicou até, o fechamento da reportagem, o motivo de não ter nenhum representante na audiência.