Almoço solidário quer arrecadar R$ 40 mil para ajudar entidades do bairro Restinga

Almoço solidário quer arrecadar R$ 40 mil para ajudar entidades do bairro Restinga

Evento organizado pelo desembargador Francisco Rossal de Araújo chegou a sétima edição

Jessica Hübler

Evento organizado pelo desembargador Francisco Rossal de Araújo teve formato diferente devido a pandemia da Covid-19

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Pelo sétimo ano consecutivo, o desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4) Francisco Rossal de Araújo promoveu um evento gastronômico beneficente em prol de entidades do bairro Restinga, localizado na zona Sul de Porto Alegre. Conforme Francisco, a edição de 2020 precisou ser reformulada e quase não aconteceu.

"Realizamos o evento tradicionalmente em abril, mês do meu aniversário e este ano pensamos em desistir, por conta da pandemia, mas eu disse que seria bom fazer, o pessoal está precisando, então estamos há pelo menos três meses trabalhando nisso", declara.

Mesmo com a chuva no domingo, cerca de 40 voluntários estiveram reunidos com Francisco no Salão Paroquial da Igreja do Pão dos Pobres, para organizar os 400 pratos que seriam entregues. Nos anos anteriores, o evento era marcado pelo salão lotado, mas este ano a modalidade foi repensada: os almoços foram enviados por tele-entrega ou pelo sistema "pegue e leve". O cardápio contou com uma carne ao molho de endro, típica da culinária francesa, acompanhada de salada polonesa, arroz e sobremesa, preparados pelo desembargador, com o auxílio dos amigos.

"Ajudamos mais de 600 crianças na restinga em situação de vulnerabilidade, toda a renda é absolutamente líquida e vamos fazendo assim os projetos. Já compramos geladeiras industriais para as creches, fizemos quadra de esportes, reformamos cozinhas, compramos computadores, esse é o nosso almoço solidário", detalha Francisco. Segundo ele, para quem não pôde ir até o Pão dos Pobres para pegar o almoço, havia a opção de doar a comida para uma instituição carente.

A expectativa, conforme Francisco, é de arrecadar pelo menos R$ 40 mil, tanto com a venda dos convites do Almoço Solidário, quanto com as demais doações. Os valores devem ser destinados a continuação da reforma em uma creche da Restinga.

"Essa creche era de uma senhora que cuidava de 53 crianças, mas ela faleceu e as crianças ficaram desamparadas. Então a gente assumiu, os recursos do ano passado foram para reformar esse lugar e dar o mínimo de condição, provavelmente esse ano vamos continuar", destaca.

Na próxima semana deve ser feita a prestação de contas e a divulgação dos resultados do evento na página facebook.com/jantarsolidariopoa. "É exatamente por isso que o evento é tão concorrido e as pessoas confiam", assinala, lembrando que este ano não teve salão lotado, mas "o mais legal é que as pessoas querem ajudar". "Todos que compraram os convites tiveram uma comida quentinha, gostosa e simples, mas feita com muito carinho", afirma.


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