Alunos da Brigada Militar se tornam doadores de medula

Alunos da Brigada Militar se tornam doadores de medula

Ação foi realizada no curso de formação de soldados, em Osório, no Litoral Norte

Franceli Stefani

Antes do cadastro, equipe do Hemocentro do Estado e o presidente do Instituto Pietro, Beto Albuquerque, falaram com os alunos

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Mais de 100 alunos da Escola de Formação e Especialização de Soldados de Osório, no Litoral Norte, se tornaram doadores de medula na manhã desta quinta-feira. Uma equipe do Hemocentro do Estado e o presidente do Instituto Pietro, Beto Albuquerque, estiveram na instituição para palestra e cadastro de doadores de medula óssea. Dos 147 alunos-soldados da Brigada Militar, 101 abraçaram a causa ao terem uma amostra do sangue coletada. Agora, passam a fazer parte do Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), coordenado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca). Alguns alunos-soldados já eram cadastrados.

Conforme Albuquerque, não há nenhum registro de problemas ocasionados para o doador no caso de transplante de medula óssea. O comandante da escola, major Aurélio da Rosa, que já é doador de medula, estimulou os alunos ao ato. “Vocês são PMs e doam a vida todos os dias para a sociedade, são jovens e saudáveis e podem se tornar doadores de medula para salvar mais vidas”, enfatizou. 

O Instituto Pietro foi criado em março deste ano, na Capital, para dar suporte a pacientes com leucemia, aos transplantados e familiares, além de incentivar a pesquisa e apoiar unidades de saúde transplantadoras. Pietro, que dá nome ao Instituto, era filho do ex-deputado federal Beto Albuquerque e faleceu em decorrência de leucemia em 2009. O transplante é indicado para pacientes com leucemia, linfomas, anemias graves e imunodeficiências congênitas, além de outras 70 doenças relacionadas aos sistemas sanguíneo e imunológico.

No Brasil, são identificados mais de 10 mil casos por ano só de leucemias e anualmente ocorrem em torno de 3,5 mil transplantes. As chances de um indivíduo encontrar um doador ideal entre irmãos do mesmo pai e da mesma mãe é de apenas 25%. Quando não existe este doador entre irmãos ou parente próximo, geralmente os pais, há necessidade de procurar um doador compatível entre grupos étnicos semelhantes.

Hoje há cerca de cinco milhões de pessoas cadastradas no país como doadores, mas é um número inferior à demanda, já que as chances de compatibilidade é de uma em um milhão. Para se tornar doador é preciso ter entre 18 e 55 anos, boa saúde e não ser portador de doenças infecciosas ou hematológicas. O cadastrado pode ser chamado para realizar a doação até os 60 anos de idade. A coleta do sangue pode ser feita no Hemocentro e nos hospitais de Clínicas, Conceição e Santa Casa, em Porto Alegre. 


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