Ambulâncias renovam só 25% da frota do RS
Veículos substituirão antigos e não devem representar novos custos a municípios
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As unidades, entregues durante evento no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, integram o projeto de renovação da frota das ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). No país, serão entregues 340, sendo que 204 são novas e 136 foram cedidas para operar nos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016.
Em sua manifestação, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, enalteceu as medidas de qualificação dos gastos, o que permitiu a otimização dos investimentos. Em sua fala de pouco mais de 10 minutos, ele fez um balanço das ações desde que assumiu o cargo, como informatização, habilitação de novos serviços e ampliação dos atendimentos e de investimentos. “É a renovação de frota da Samu que é tão necessária para o atendimento. O Samu nos custa R$ 1 bilhão por ano de investimentos para sua manutenção”, ressaltou.
Como a última renovação parcial ocorreu em 2014, todos os veículos que estão circulando no Estado têm mais de três anos. Segundo João Gabbardo dos Reis, pelo uso contínuo, as ambulâncias mais antigas apresentam muitos problemas mecânicos e passam muito tempo em manutenção. Esse é o exemplo do município de Redentora, no Noroeste do RS. A cidade tem atualmente uma ambulância com cerca de seis anos de uso, que também é compartilhada com outras duas cidades. “É muito importante porque o atual veículo estraga quase mensalmente”, citou o prefeito Nilson Costa.
O secretário estadual de Saúde explicou ainda que as novas ambulâncias não deverão representar novos gastos aos municípios, uma vez que elas são de substituição. Mesmo assim, ele reconheceu que há atrasos de repasses recursos estaduais. “Esperamos com o orçamento de 2017 regularizar esses pagamentos”, adiantou. Ao comemorar o anúncio, o presidente do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Rio Grande do Sul (COSEMS/RS), Marcelo Bósio, adiantou que é necessário ampliar a renovação. “Há mais ambulâncias para serem trocadas”, comentou ele.
Contratempos
Porém, o presente acabou em frustração para alguns prefeitos. Isso porque nem todas as viaturas, que estavam em São Paulo, ligavam. A situação pegou muitos prefeitos de surpresa e causou um certo desconforto. No mínimo quatro veículos estavam com problemas: Nova Prata, Carlos Barbosa, Farroupilha e Porto Xavier. “Estamos aguardando porque não tem sinal elétrico. Provavelmente seja bateria. A ambulância deve ter uma vistoria anterior a 2015. Então, agora vamos tentar trocar a bateria e ver o que ocorre”, comentou o prefeito de Farroupilha, Claiton Gonçalves, sem esconder o constrangimento. “É normal quando os veículos ficam parados muito tempo, mesmo quando é um novo”, comentou o prefeito de Nova Prata, Volnei Minozzo.