Amigos e parentes do poeta Luiz de Miranda pedem ajuda para internação em clínica
Familiares relataram que artista apresenta confusão mental e precisa de ajuda para custear o tratamento
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Após ser encontrado caminhando pela rua Uruguai, no Centro Histórico, no domingo, com aparente quadro de confusão mental, o escritor e poeta gaúcho Luiz de Miranda, 77, está internado desde segunda-feira no Hospital São Lucas da PUCRS para realizar exames. Preocupados com o estado de saúde de Miranda, familiares e amigos apelam por ajuda para internação do escritor em um clínica para idosos.
O radialista Fabiano Rodrigues e o escritor Jorge Peixoto já haviam amparado Miranda na quinta-feira passada, no Centro Histórico, quando o encontraram com estado de confusão mental. "Alguns amigos estão prestando assistência quando podem, já que o poeta não tem parentes próximos", explica Rodrigues. "O problema é de atenção e zelo que um idoso exige em alguma parte da vida", completa.
O primo Paulo Cesar Fanti de Miranda, 69, e a sua esposa, Gláucia Blanco de Miranda, 65, que residem em Nova Hartz, mantêm contato com o poeta. Mas a pandemia do coronavírus acabou dificultando a assistência ao escritor. "Até 2020 conseguimos ajudar dentro do possível", lembra Gláucia, acrescentando que Miranda sofre de diabetes e tem problemas cardíacos.
Conforme Gláucia, o escritor retornou de Uruguaiana no final do ano passado e se estabeleceu novamente na Capital. Ela afirma que Miranda apresenta confusão mental e precisa de ajuda para custear o tratamento. No ano passado, ele já havia sido internado na emergência do Instituto de Cardiologia de Porto Alegre para tratamento de insuficiência cardíaca. "Já contatamos amigos e políticos para ver ser algum órgão público pode ajudar, porque ele não tem condições financeiras", afirma Gláucia.
A Secretaria Municipal da Cultura (SMC) informa que está buscando alternativas para ajudar Miranda. Natural de Uruguaiana, Miranda nasceu em 6 de abril de 1945. Tem mais de 45 anos de carreira literária, com 33 livros publicados. Entre as suas obras estão Memorial (1973), Solidão Provisória (1978), Amor de Amar (1986). Integra a Academia Rio-Grandense de Letras desde 1987.