Ansiedade e vontade de se reencontrar marcam vacinação de jovens de 12 anos em Porto Alegre

Ansiedade e vontade de se reencontrar marcam vacinação de jovens de 12 anos em Porto Alegre

Aplicação é feita com a primeira dose da Pfizer

Cláudio Isaías

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A ansiedade pela vacina contra a Covid-19 e o vontade de se reencontrar estudantes marcaram a imunização de adolescentes de 12 anos em Porto Alegre nesta quinta-feira.  A aplicação da primeira dose da Pfizer está sendo realizada em 36 unidades de saúde e 18 farmácias parceiras. A imunização também ocorre em outros cinco pontos da Capital: no shopping João Pessoa até as 17h, no drive-thru dos shoppings Bourbon Wallig e BarraShoppingSul e no Largo Glênio Peres até as 19h, e das 18h às 21h, na Escola de Samba Estado Maior da Restinga, na avenida João Antônio Silveira, no bairro Restinga. 

No Centro de Saúde Navegantes, na zona Norte da Capital, os adolescentes que estavam acompanhados dos pais, estavam ansiosos para receber a primeira dose do imunizante da Pfizer. Manuela Caurio da Rosa, 12 anos, foi acompanhada da sua mãe Daniela Caurio, para realizar a aplicação do imunizante. "Confesso que estava ansiosa pela vacina. Quero poder voltar a conviver com os meus colegas da escola", destacou a menina que receberá a segunda dose da vacina no 18 de novembro. Na sala de vacinação do posto de saúde, a mãe de Manuela recebeu a segunda dose da vacina contra a Covid-19.

O menino Guilherme Marcansoni Grison, 12 anos, que estava com a sua mãe Elaine Marcansoni, disse que a vacina é boa porque agora as pessoas poderão sair e começar a voltar a vida normal. Já a menina Manuella Viafore Martins, 12 anos, afirmou que estava um pouco ansiosa pela vacina. "A gente quer começar a poder sair e também no futuro poder tirar a máscara", destacou a menina que estava na companhia da sua mãe Milena Viafore.  No final da manhã, o Centro de Saúde Santa Marta, no Centro Histórico da Capital, tinha mais de 50 pessoas na fila para a vacinação da primeira dose, da segunda e da dose de reforço para as pessoas com mais de 70 anos e para os imunossuprimidos.

Um levantamento da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) contabiliza 16.460 adolescentes na faixa de idade dos 12 anos que podem ser vacinados contra o coronavírus e 16.765 meninos e meninas na faixa etária dos 13 anos. 

Alguns precisaram de coragem para encarar a injeção / Foto: Alina Souza 

Somente com a Pfizer 

Os adolescentes de 12 a 17 anos, sem comorbidades, devem ser vacinados seguindo ordem de prioridades. A recomendação do Ministério da Saúde foi publicada em uma nota técnica na quarta-feira. Além disso, a pasta reforça a orientação para que estados e municípios utilizem apenas a vacina da Pfizer, única autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para essa faixa-etária. A orientação garante a segurança da campanha. Segundo a recomendação da pasta, como já havia sido divulgado anteriormente, a vacinação desse público deve começar pelas adolescentes grávidas, puérperas e lactantes, adolescentes com deficiência permanente e com comorbidades. Em seguida, a prioridade deve ser dos jovens de 12 a 17 anos privados de liberdade. A lista de comorbidades está definida no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19. 

Outra orientação é que a vacinação dos adolescentes sem comorbidades deva iniciar somente quando o estado ou município concluir a imunização dos grupos prioritários e dos que precisam da dose de reforço, como pessoas acima de 70 anos e imunossuprimidas. Nesse caso, os idosos devem receber o reforço seis meses após a conclusão do ciclo vacinal ou dose única e os imunossuprimidos devem respeitar o intervalo de 28 dias após a segunda ou dose única.

No dia 16 de setembro, o Ministério da Saúde, em uma medida cautelar para garantir a segurança da vacinação, suspendeu a imunização de adolescentes sem comorbidades. A decisão foi tomada após a notificação de um evento adverso grave, com morte, de uma adolescente no estado de São Paulo após tomar a vacina da Pfizer, que posteriormente foi descartada pela Anvisa a relação com a vacina.

Para receber a primeira dose, todos os públicos devem apresentar documento de identidade com CPF. Para profissionais de saúde ou da educação, é preciso documento que comprove o vínculo de trabalho na Capital. Com relação a segunda dose, o intervalo de aplicação das doses da Pfizer é de oito semanas. Podem buscar a segunda aplicação às pessoas vacinadas até o dia 29 de julho. A segunda dose da Pfizer é aplicada em 18 farmácias parceiras e 36 unidades de saúde, além do shopping João Pessoa, e nos drives-thrus do Bourbon Wallig, drive-thru BarraShoppingSul e Largo Glênio Peres. 

Com relação à segunda dose de Coronavac e da AstraZeneca, segue mantido o intervalo de 28 dias e dez semanas, respectivamente. Assim, quem recebeu a primeira dose até 26 de agosto (Coronavac) e 15 de julho (AstraZeneca) já pode completar o esquema vacinal. Para segunda dose, é necessário levar identidade com CPF e carteira com registro da primeira aplicação.


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