Ao menos 20 mil exames não foram feitos durante greve do Detran

Ao menos 20 mil exames não foram feitos durante greve do Detran

Após 36 dias de paralisação, servidores voltaram ao trabalho no RS

Mauren Xavier

Servidores do Detran retomam atividades no Rio Grande do Sul

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Após 36 dias de greve, o que prejudicou milhares de exames teóricos e práticos, os servidores do Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Sul (Detran) retomaram as atividades na manhã desta terça-feira no Estado. Assim como ocorreu durante a paralisação, há divergências entre o número de provas afetadas.

O Sindicato dos Servidores do Detran/RS (Sindet) estima que foram prejudicados cerca de 2 mil exames teóricos e práticos por dia útil, totalizando cerca de 40 mil. A direção do Detran informa, porém, que foram 20,3 mil exames, sendo 9,5 mil teóricos e 10,8 mil práticos. Na unidade localizada junto ao prédio da Secretaria da Segurança Pública, onde são aplicados testes, a movimentação era tranquila no início do dia.

Além da aplicação dos exames para obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), a greve impactou em serviços como as operações Balada Segura, e as atividades administrativas e jurídicas da autarquia. Tanto o sindicato dos servidores como a direção da autarquia informaram que será elaborado um cronograma conjunto para a recuperação dos serviços prejudicados. A direção do Detran explica que os candidatos que foram prejudicados na realização dos exames devem entrar em contato com o seu Centro de Formação de Condutores (CFC) para verificar a nova data.

Fim da greve para evitar prejuízo à população

A greve encerrou-se na noite dessa segunda-feira após os servidores decidirem retomar as atividades, em assembleia que contou com a presença de 400 pessoas. O presidente do Sindet, Maximilian da Rocha Gomes, ressaltou que a greve terminou para evitar maiores problemas à população. Ao mesmo tempo, ele destacou que a categoria acredita que o diálogo com o governo do Estado será mantido nas negociações.

O presidente do sindicato recordou que as principais demandas da categoria envolviam melhorias nas condições de trabalho e cumprimento do plano de carreira. “Saímos desse movimento vitoriosos. Conseguimos avanços no diálogo com o governo do Estado, o que não estávamos obtendo antes da paralisação”, explicou.

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